Conclusão da Aquisição de Rialma I
A companhia concluiu após o cumprimento de todas as condições precedentes, a aquisição de 100% das ações representativas do capital social total e votante da Rialma Transmissora de Energia I S.A. (“Rialma I”), por meio do pagamento do valor total de R$ 60,5 milhões, após os ajustes decorrentes da variação dos saldos de capital de giro e endividamento líquido entre a data base (30 de junho de 2019) e a data de fechamento da operação (13 de março de 2020).
Rialma I é um ativo de transmissão operacional localizado no Estado do Rio Grande do Norte, que compreende a linha de transmissão Lagoa Nova 11 – Currais Novos 11, tensão de 230 kV, circuito duplo, com extensão de 28 km e RAP de R$ 12,6 milhões (ciclo 2019-2020). Esta aquisição está em linha com a estratégia de crescimento da companhia; na busca por ativos de transmissão que gerem sinergias com suas linhas atuais e alonguem o prazo médio de duração das suas concessões.
Suas units, cotadas a R$ 28,59 (valor de mercado de R$ 9,8 bilhões) registram queda de 8,3% este ano. Nesse preço os múltiplos para 2020 são: P/L de 11,5x e VE/EBITDA de 12,8x. O preço justo de R$ 34,00 corresponde a um potencial de alta de 18,9%.
Junto com a divulgação do resultado de 2019, a Taesa publicou Fato Relevante com Atualização das Projeções, onde constou a revisão das projeções de Capex Nominal e incremento da Receita Anual Permitida (RAP) dos empreendimentos em construção 100% controlados pela companhia
O Capex nominal total realizado desses empreendimentos em 2019 alcançou R$ 314 milhões, com redução de 23% em relação à̀ projeção mínima divulgada, no intervalo entre R$ 410 milhões e R$ 450 milhões. Essa diferença é explicada, basicamente, por: (i) Janaúba: postergação para 2020 do pagamento de parte de cabos condutores e retenção integral de pagamentos referente a serviços realizados em 2019 devido a pendências técnicas; (ii) Mariana: redução das atividades em Mariana em consequência das fortes chuvas no Estado de Minas Gerais; (iii) Sant’Ana: postergação do pagamento das indenizações fundiárias; e (iv) Miracema: economia de Capex.
A Taesa destacou que “que esses fatores não comprometem a conclusão prevista para os empreendimentos de Janaúba e Sant’Ana; e que em relação à Mariana, o prazo especifico da construção previsto no cronograma do contrato de concessão será́ respeitado”.
A companhia revisou suas projeções de Capex referente a 2020, uma vez que os investimentos não realizados em 2019 foram transferidos para o corrente ano. Já as projeções de Capex nominal dos anos de 2021 e 2022 permanecem inalteradas
Para 2020 a expectativa eleva-se do intervalo entre R$ 940 milhões e R$ 1.020 milhões para o intervalo entre R$ 1.040 milhões e R$ 1.130 milhões. Para 2021 foi mantida a expectativa entre R$ 310 milhões e R$ 340 milhões. Para 2022 o intervalo previsto se manteve entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões.
No 4T19 a companhia tinha em caixa R$ 2,4 bilhões, 18% acima do registrado no 3T19, e uma dívida líquida de R$ 2,8 bilhões, com crescimento de 9% em 12 meses e alavancagem de 2,2x o EBITDA, compatível com o seu Plano de Investimentos
As projeções referentes ao Incremento da Receita Anual Permitida (RAP) após a entrada em operação de cada um dos empreendimentos 100% controlados pela Taesa passam a ser de R$ 371 milhões nos próximos três anos, sendo de R$ 78 milhões em 2020, R$ 186 milhões em 2021 e R$ 107 milhões em 2022.
Na teleconferência sobre os resultados, a companhia ressaltou que a despeito dos investimentos previstos, a política de distribuição de proventos permanece inalterada
Em 2019 o payout foi de 92% sobre o lucro líquido ajustado de R$ 711 milhões.
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