Em meio à crise do Silicon Valley Bank (SVB), com muitas notícias e opiniões repercutindo sobre o assunto, é de se pensar no mercado e no impacto de tudo isso: como fica o psicológico dos investidores e “traders”? Em um mercado muito regulado, como o americano, desafios como os atuais acontecem a todo momento e impactam diretamente os investidores e os traders, com impacto ainda maior nos pequenos participantes inseridos nesse mercado, atuando muitas vezes com dinheiro de terceiros em baixa escala ou com próprio dinheiro.

Como esclarecimento para os menos “praticantes” no mercado de investimento: entende-se como investidor aquele que investe o dinheiro visando um retorno de longo prazo; e trading, ou trader aquele que opera com base em especulação do movimento do preço visando retorno de curto prazo.

Se, para o investidor (tendo não só a inteligência técnica e analítica requerida, mas também a inteligência emocional para lidar com atitudes impulsivas na hora de decidir o momento de reduzir, zerar ou aumentar o valor investido com toda a dinâmica que muda a cada momento), já é difícil fazer uma interpretação do cenário macro/microeconômico que afeta o ativo no qual pretende investir, entender então a inteligência emocional necessária ao trader para lidar com todas essas incertezas em um curtíssimo prazo é de tirar o fôlego.

Finanças comportamentais

Claro que existe uma grande base de estudos em Finanças Comportamentais em que é questionada a capacidade de acesso e interpretação eficiente da informação, revelando os vieses e falhas cognitivas que influenciam a formação de expectativa e tomada de decisão.

Já nas finanças tradicionais, aversão a riscos, expectativas racionais e integração dos investimentos são a base dessa influência psicológica. Mas no dia a dia é o comportamento que molda e impacta o resultado no mercado e em como esses traders e investidores atuam.

Enquanto no entendimento das finanças tradicionais considerações que vão exigir da psique do investidor minimizar riscos e maximizar retornos, as finanças comportamentais vão moldar o investidor para que evite a perda a todo custo, apegando-se a ativos, mesmo que perdedores.

Saúde mental, investidores

E, no calor do dia a dia, com situações globalizadas impactando direta e fortemente nos negócios locais, como um investidor consegue se manter psicologicamente são ou até mesmo… feliz? Aqueles profissionais que aprendem com maestria a administrar a inteligência emocional e/ou utilizar técnicas de PNL (Programação Neurolinguística) e/ou ferramentas que sejam úteis para o controle emocional, sem dúvida se destacam dos demais e conseguem sobreviver com menor impacto psicológico desses efeitos borboleta frequentes no mercado para fugir do impacto dos “tsunamis”.

Aqui, exemplos de algumas ferramentas gerais, técnicas de PNL e inteligência emocional praticadas por alguns dos melhores investidores e traders para manter a sanidade mental em meio à loucura desse mundo BANI1 pós-pandemia (antigo VUCA2).

A disponibilidade de aprendizado e as dicas vão desde rotinas mais simples, como: fazer planos para entender a ansiedade causada se preparar para situações causadoras, ter visão positiva, reconhecer a ansiedade por escrito & mentalmente, praticar técnicas de relaxamento (meditação, terapia, yoga etc); a técnicas que necessitam de mais estudo e aprimoramento como as ferramentas na prática de Inteligência emocional e cursos específicos de PNL.

Práticas da inteligência emocional

Na prática, técnicas de inteligência emocional podem resultar em alívio imediato da ansiedade. Por exemplo: Técnica de limpeza emocional com Impacto fisiológico, de Edenilson Junior – Cademi, que considera o impacto fisiológico nas emoções, aliviando a ansiedade inicial de estresse lidando com o mercado. Existem ainda consultorias especializadas no mercado, como por exemplo a SunUp Inteligência Emocional.

Outras técnicas aplicadas na prática e que apresentam fortes resultados são aplicações de PNL, que, dentre muitos aspectos para reprogramar a mente, também considera relevante a mudança de estado emocional através da fisiologia. Exemplo básico e muito iniciante aplicado pela PNL é aprender a dominar e modificar a fisiologia como um dos mecanismos mais rápidos e eficientes para passar de um estado negativo para um positivo. Isso porque a fisiologia interfere diretamente nas representações mentais e nos sentimentos que expressamos em relação a elas.

A PNL possui diversas técnicas e ferramentas que podem ser aplicadas no dia a dia, desde as mais simples até as mais complexas sendo eles a cura de algumas doenças psicossomáticas e fobias. Porém, isso requer estudo mais aprofundado. O importante é saber administrar as emoções e os impulsos na hora de lidar com o mercado e com todas as incertezas existentes e ainda conseguir conviver feliz assim. Ferramentas e técnicas para isso não faltam, basta estudar e se aprofundar. Mas com tantos desafios recentes ocorrendo no mercado global e nacional… são suficientes?

Kene Cerri – 25 anos atuando em finanças sendo os últimos 10 anos como Diretora financeira. Responsável por todos os subprocessos financeiros no Brasil, Chile, Argentina, Peru e México onde passou por empresas como Hertz, Ernst & Young, KPMG, Dover Group, entre outras. Foi expatriada por 18 m eses para E&Y USA.Atua como Finance Business Partner das operações, com elaboração e execução contínua do Plano Operacional & Estratégico Financeiro alinhado as estratégias do negócio. Formada em Ciências Contábeis pela FECAP (CRC ativo), MBA em Gestão Empresarial pela FGV, liderança estratégica pela George Washington University/USA. Inglês fluente e espanhol avançado. Certificada em Lean Six Sigma Blackbelt, liderança em melhoria contínua pelo INSEAD. Mestre em Programação Neurolinguística, treinadora certificada. Contato por aqui.


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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte