📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS
Super-Quarta chegou, depositando grande expectativa nas decisões de política monetária, em especial no atual momento, o qual demanda posicionamentos difíceis dos formuladores e decisões muitas vezes que podem contrariar as expectativas pessoais.
Localmente, na sessão de ontem, o sinal de Lira sobre os precatórios e dos gastos dentro do teto dos gastos trouxe o catalisador necessário para que o mercado inclusive descolasse do rumo menos intenso das bolsas americanas, embebidas na expectativa pelo FOMC.
Outro ponto importante são os sinais de que o governo chinês deva intervir na Evergrande ao ponto de possivelmente estatiza-la e evitar uma contaminação sistêmica; dada a enorme representatividade da empresa.
De volta à política monetária, nosso Banco Central meio que deixou claro através das declarações de Campos Neto a intenção de cumprir com a premissa declarada em ata de elevar 100 bp, contrariando as pressões recentes do mercado, em resposta a indicadores inflacionários mais fortes, que levou a apostas de 125 bp e até 150 bp para esta reunião.
Não somente estas apostas influenciaram as projeções terminais do processo de aperto monetário, como também pesaram nas projeções do PIB para 2022; levando casas a apostarem em crescimento inferior a 1%.
É neste ponto que o BC retomar as rédeas da comunicação, mas principalmente, dos prêmios embutidos nas curvas de juros é de suma importância; pois para parte do mercado, o trade se sobrepõe à política monetária facilmente.
As atenções se voltam tanto à decisão, como ao comunicado e a expectativa em relação aos próximos movimentos do COPOM, importante para recalibrar, principalmente, o ponto terminal do aperto.
Nos EUA, o FOMC deve continuar sob as graças de Powell e preservar o discurso de sempre, ou seja, a inflação é temporária, a atividade econômica não reagiu dentro do esperado e o mercado de trabalho está longe do ideal, mesmo sabendo que o inverso disso tem ocorrido.
📊 ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela decisão do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com exceção do Nikkei, ainda com atenção à Evergrande.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto minério de ferro e ouro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com quedas mais fortes nos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -6,28%.