SUCESSÃO FAMILIAR
A empresa é o sonho do fundador, perpetuar essas empresas, além de ser fundamental para equilíbrio da economia do país, é fundamental para o equilíbrio da família. Entretanto, realizar essa tarefa requer alguns cuidados, ainda mais quando a geração que irá assumir é caracterizada como “geração Z”. A geração, composta por pessoas nascidas na década de 90, as quais são antenadas, dinâmicas e tecnológicas.
Os jovens, que possuem pouco mais de 20 anos, estão trazendo novos desafios, pois estão acostumados a executar múltiplas tarefas e não gostam de perder tempo nem ficarem parados, sendo um de seus principais atributos o imediatismo. Tais características são fundamentais para que a empresa inove e busque modernidade, tornando-a competitiva dentro do mercado.
Contudo, é necessário que essa transição de geração para geração seja feita com muita cautela, pois esse dinamismo faz com que esses jovens não se fixem em uma mesma empresa por longos períodos. O grande desafio é como tornar um jovem dessa geração, um líder apto para assumir o comando de uma empresa familiar.
O processo é longo, em virtude de que não se conquista a confiança dos colaboradores da noite para o dia e nem a possui de imediato para um cargo de tão alto nível. Fora isso, é comum que haja conflitos oriundos de situações vinculadas a adoção de modernidades, que ao sucessor parecem fundamentais, e pela ótica do fundador são questões supérfluas. Porém, ao realizar a sucessão, as características do sucessor devem ser preservadas, de maneira a trazer o que há de melhor em sua geração: inovação e criatividade.
Assim como os jovens dessa geração, as empresas também precisam estar em constante evolução, e terão como principal desafio atualizar os negócios, criar novos modelos de liderança e um plano de carreira atrativo para reter os talentos da nova geração para ajudarem as empresas familiares em um futuro próximo e se consolidarem cada vez mais no mercado.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O Conselho de Administração é o componente mais importante da Governança Corporativa, sendo sua principal função servir a organização. Para isso o Conselho elabora as diretrizes do direcionamento estratégico, para que os diretores e funcionários possam implementar projetos a partir dessas diretrizes para o cumprimento do objetivo da organização.
Fora a função principal, o Conselho de Administração também é responsável proteger o status legal da organização, estruturar o capital, escolher, remunerar e orientar o diretor geral, escolher e fiscalizar auditoria externa, fiscalizar as ações desenvolvidas na empresa, participar das reuniões, ler todos os documentos pertinente as reuniões, tomar decisões por meio de votação, informar-se sobre questões de assunto da organização, representar e falar em nome da organização, entre outros.
Os membros do Conselho de Administração são escolhidos pela Assembleia Geral (Assembleia dos Sócios) e por elas destituíveis a qualquer momento. Eles podem ser independentes (sem vínculo com a empresa), externos (ex-funcionários da empresa) e internos (funcionários ativos da empresa), e o Conselho deve ser composto por no mínimo 3 membros, porém se o número de membros for pequeno, eles ficaram sobrecarregados, e se for grande, nem todos participaram ativamente.
À medida que as organizações se desenvolvem, a forma de governabilidade também evolui. No caso das empresas familiares, o fundador tem espaço para participar do Conselho de Administração, além de ser o diretor geral, podendo assim estabelecer políticas e gerir o negócio de forma que perpetue a organização como em seus sonhos.