*Por Paulo Deitos
Investir em startups talvez seja algo novo para você, mas e se eu te disser que o investimento se assemelha muito a um tipo de investimento realizado na Bolsa de Valores?! Naturalmente, quando se pensa na B3, pensamos em Vale, Petrobras e outras gigantes, mas é válido destacar que há outras ações menos conhecidas e que podem propiciar bons lucros. São as chamadas Small Caps.
As empresas na bolsa são divididas por sua capitalização, sendo as Small Caps as ações de empresas de baixa capitalização, também conhecidas como ações de segunda ou terceira linha. Algumas ações também são consideradas Small Caps por não terem a mesma liquidez de grandes empresas da Bolsa.
Apesar dessas características, as Small Caps são atrativas pois podem oferecer retornos mais altos, mesmo que para isso ofereçam risco maior. Isso ocorre pelo fato destes ativos terem capitalização de mercado inferior, possuindo maior potencial de crescimento e valorização que empresas Large Caps.
Outro fator que gera potencial de lucro maior nas Small Caps é o seu maior potencial de se tornar alvo de aquisição por empresas maiores. Quando ocorre uma aquisição, é comum que ocorra forte alta no preço das ações, já que a união das empresas gera ganhos de escala nas operações da empresa e potencializa seu poder de mercado.
Mas afinal, o que as Small Caps têm a ver com startups? Ocorre que muitas das características se repetem nos dois investimentos. Assim como nas Small Caps, investir em startups gera maior probabilidade de altos retornos, já que startups têm grande potencial de crescimento e também há a chance da empresa ser comprada por uma maior. Os papéis das startups possuem baixa liquidez, da mesma forma que as Small Caps, mas as semelhanças não param por aí.
Os riscos dos dois tipos de investimento são muito semelhantes e os cuidados necessários para fazer bom negócio, também. É importante entender bem o momento da empresa e o setor em que ela está inserida. A qualidade da comunicação da companhia com seus acionistas é imprescindível. Outro fator importante é analisar a saúde econômica, qualidade da gestão e a capacidade de crescimento da companhia.
Na empresa na qual sou cofundador, fazemos boa parte desse trabalho de análise das startups, com intenção de proporcionar as melhores oportunidades de investimento em startups, de forma desburocratizada e digital. Nascemos com a intenção de que pessoas comuns possam ter a oportunidade de aplicar seus recursos em projetos que julguem ser promissores e sustentáveis no longo prazo, visando participações interessantes em seus resultados.
*Diretor Executivo da ABFintechs e Cofundador da CapTable e da Cap Rate (investimentos coletivos no mercado imobiliário)
Sobre a ABFintechs
A Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), fundada em 2016 por empreendedores de quatro fintechs, possui cerca de 400 associadas e tem como missão garantir que o maior número possível de Fintechs se tornem realidade como negócio, além de fazer do Brasil uma referência em inovação no setor financeiro, passando a ser um fornecedor para o mundo de inovação disruptiva em finanças. Com importante papel no desenvolvimento de questões regulatórias, a Associação realiza um trabalho próximo a Agências Reguladoras e Autarquias como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central do Brasil (BCB), Superintendência de Seguros Privados (Susep), Ministério da Economia, dentre outras, com importantes conquistas alcançadas até o momento como a Instrução CVM 588, Resolução 4656 do BC e Sandbox regulatório. Conta com representantes no Comitê Nacional de Iniciativas de Apoio a Startups, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, foi indicado como órgão oficial na estrutura de governança do Open Banking no Banco Central.