Como anunciei semana passada, o Curtas ESG traz nesta terça (4) o segundo tópico da série de 4 temas relacionados à tragédia ambiental no Rio Grande do Sul. O foco serão as empresas que o Acionista cobre, o que elas estão fazendo em prol das pessoas e cidades gaúchas, assim como os impactos das inundações na economia de vários setores do Estado, que gera aproximadamente 6% do PIB brasileiro, com base no levantamento do BTG Pactual. A coluna destaca as primeiras 5 empresas que estão na rede de solidariedade para ajudar o estado.

Impacto na produção de alimentos, segundo BTG

O Rio Grande do Sul (RS) é um dos mais importantes estados produtores de alimentos do Brasil. As chuvas extremas impactaram na produção de arroz, soja e proteínas. No entanto, conforme o relatório do BTG Pactual, a extensão dos impactos deve ser determinada pelo ciclo de produção de cada commodity. Em relação aos grãos, a maior parte das safras de soja e arroz já havia sido colhida, reduzindo o impacto. “Nossas estimativas iniciais apontam para a perda de 7% da produção de arroz e 1% da produção de soja na safra 2023/24. A produção de proteínas, principalmente aves e suínos, também deve ser impactada.”

Imagem: Cesar Lopes/PMPA

O que empresas já fizeram pelo Rio Grande do Sul

Lojas Renner (LREN3) – Segundo a assessoria, a empresa financiou o aluguel de barcos em Porto Alegre e na Região Metropolitana que teriam feito 900 resgates. Além disso, as doações somam 80 mil roupas, 75 mil litros de água, cinco mil peças de roupas de cama e toalhas, 14 mil cobertores, 14 mil itens de higiene e limpeza, além de 15 toneladas de alimentos, até dia 17 de maio. O Instituto Lojas Renner está promovendo uma campanha de doação na qual promete dobrar o valor arrecadado para as cidades mais atingidas pelas enchentes.

JBS (JBSS3) – A JBS antecipou o pagamento do 13º salário para seus mais de 16 mil funcionários no Rio Grande do Sul. A empresa também já doou:1 milhão de produtos de higiene e limpeza (em parceria com a Flora, do grupo J&F); 200 toneladas de doações realizadas pelos seus colaboradores de todo o país; 70 toneladas de alimentos; 450 mil litros de água; 3 mil colchões e cobertores; 3 mil cestas básicas – na primeira quinzena de maio.

Camil Alimentos (CAML3) – A empresa está concentrada na doação de 7.800 cestas de alimentos, que estão sendo prontamente destinadas a parceiros comerciais do varejo em pontos críticos do Rio Grande do Sul. Cada cesta de alimentos contém 5 kg de arroz; ⁠1 kg de feijão, ⁠1 kg de massa; ⁠1 kg de açúcar, 500 g de café (1 pacote), além de três latas de sardinha e uma de atum.

Ambipar (AMBP3) – A multinacional brasileira líder em gestão ambiental se uniu às equipes de apoio humanitário aos atingidos pelas enchentes. A empresa enviou 30 embarcações, dois helicópteros, seis viaturas, 21 escavadeiras, 12 caminhões e 68 profissionais especializados em gerenciamento de crises.

MRV Engenharia (MRVE3) – A construtora doou R$ 30 mil para o Instituto Cultural Floresta e R$ 50 mil em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) para o governo do RS. Em parceria com o clube Atlético Mineiro, promoveu um treino solidário, no qual os R$ 660 mil arrecadados com a venda de ingressos foram revertidos para o estado gaúcho, além de 10 toneladas de donativos.

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Empresas de capital aberto de cobertura do Acionista que entraram na rede de solidariedade até o momento:

Ambev (ABEV3); Ambipar (AMBP3), JBS (JBSS3), Itaú (ITUB4); Itaúsa; XP (XPBR3); Carrefour Brasil (CRFB3); Mercado Livre (MELI34); BRF (BRFS3); Marfrig (MRFG3); Santander (BCSA34); Vivo (VIVT3); Petrobras (PETR4); CeA (CEAB3); PepsiCo (PEPB34); Coca-cola (COCA34); ArcelorMittal (ARMT34); Grupo Pão de Açúcar (PCAR3); Braskem (BRKM5); Grupo SLC (SLCE3); Lojas Renner (LREN3); MRV (MRVE3), 3Tentos (TTEN3), Camil (CAML3).

(Fontes: Sul21; BTG Pactual; Valor Investe)