Soja em Chicago continua operando em alta influenciada por piora no clima nos EUA

Os contratos negociados com soja voltam a operar em forte alta nos futuros de Chicago nesta manhã de quarta-feira, a U$ 14,85/agosto – alta de 14 cents. Os investidores se posicionam com carteiras compradas ante a divulgação do relatório mensal de oferta e demanda, hoje à tarde. Além disso, as preocupações com o clima nos campos do Meio Oeste nas próximas semanas é outro ponto que vem promovendo suporte.

Logo mais, à tarde, o USDA irá divulgar o relatório de oferta e demanda referente a julho. O mercado espera um acentuado corte na produção dos EUA em relação ao mês passado, de algo entre 6,0 e 7,0MT, para 115,7MT.

Este drástico corte na produção está postado na surpreendente redução de área, bem como nas irregularidades climáticas. Uma menor oferta trará impacto direto nas projeções de estoques, que são esperados em queda, principalmente para a temporada 2023/24, tanto para os EUA, quanto para o mundo.

Avaliações de diversas consultorias indicam que a Argentina poderá importar entre 9,0MT e 10,0MT de soja neste ano, diante da histórica queda da produção doméstica. O Brasil deverá contribuir com algo entre 4,0 e 5,0MT. A Argentina, terceiro maior produtor de soja e maior exportador dos subprodutos, farelo e óleo, foi devastada por irregularidades climáticas que cortaram a produção em mais de 50%. A produção local deve ficar abaixo de 25,0MT, ante uma previsão inicial de 50,0MT.

Os preços no mercado doméstico vêm apresentando melhora significativa nestes dias. Além disso, atingem os melhores patamares em várias semanas, em razão dos fortes ganhos em Chicago. Os prêmios estão menos negativos e são negociados, no spot, nos principais portos brasileiros, na faixa de menos 130/90. O dólar, neste início de jornada joga na contramão.

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