Embalada pela queda do farelo, a soja confirma formação de pivô de baixa e abre espaço para buscar alvos mais baixos. No pregão da Bolsa de Chicago desta quarta-feira, dia 10, o contrato do grão teve uma desvalorização de 9,75 cents/bushel, fazendo nova mínima no mês, e deixa o sentimento de que pode ir em busca das mínimas do ano em US$ 11,28/bushel.A alta do dólar contra moedas de países desenvolvidos e emergentes, em especial o real, ajuda a explicar esse movimento baixista. Contra o real o dólar subiu 1,43% e isso aumentou a competitividade do produto brasileiro, dificultando ainda mais o programa de exportação americano.Trigo e milhoNovos ataques russos a portos ucranianos ajudaram a manter as cotações do trigo e do milho no campo positivo, contrabalanceando a queda referente ao movimento do dólar. Essa nova onda de preocupação fez com que os futuros do milho tivessem uma valorização de +0,70% e para o trigo de +0,13%; Já o milho brasileiro conseguiu produzir um movimento de alta mais expressivo.Na B3 o contrato maio se valorizou em 1,54% acompanhando a alta do dólar e a alta do milho em Chicago. Esse movimento de recuperação pode ser curto, uma vez que os mapas climáticos trazem expectativas de boas chuvas para o final de semana, o que retiraria parte do prêmio de risco climático que está acrescido ao preço.DólarAgora vamos ao fator fundamentalista que fez o dólar ter tamanha valorização nesta quarta. Pela manhã ocorreu a publicação dos dados de inflação norte-americana, e houve uma alta mensal acima da expectativa do mercado. Este fato dificulta o corte da taxa de juros, fazendo com que o dólar se aprecie ao redor de globo e as bolsas caiam.E foi o que se viu! Europa toda em queda com destaque para a bolsa espanhola, com uma depreciação de 0,92%. Nos Estados Unidos, as bolsas caíram 1%. No Brasil, o índice caiu 1,58%; Como a Ásia e Pacífico já estavam fechadas no momento da divulgação do dado, por lá ainda não há o reflexo dessa notícia.