Os preços da soja voltam a operar em forte alta nos futuros de Chicago na manhã dessa segunda-feira, 03/07, com 45 cents, a U$ 14,88/agosto. Ainda postado na drástica redução de área nos EUA, de acordo com o relatório divulgado pelo USDA na última sexta-feira.
No último pregão houve ganhos superiores a 70 pontos. A posição novembro, principal referência para a comercialização da safra dos EUA, se aproxima dos U$ 14,00 por bushel.
Amanhã é feriado nos EUA – Dia da Independência. Hoje o pregão se encerra mais cedo.
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR diante do novo cenário, estabelecido pelo inesperado e profundo corte de área, a tendência é que fundos e investidores mantenham suas carteiras compradas, impulsionando os preços para novas altas.
De acordo com levantamento do USDA, a área semeada com soja nos EUA ficou em apenas 33,79 milhões de hectares. Uma redução de 5% em relação aos 35,41MH da primeira intenção de plantio e também das expectativas do mercado. No ano passado, a área plantada ficou em 35,75MH.
Uma redução deste tamanho – de 1,62MH – tem potencial para reduzir a produção em algo entre 6,0MT e 7,0MT. Por isso foi capaz de incendiar o mercado, impulsionando os preços para altas não vistas há muito tempo.
No outro relatório, de estoques trimestrais, o USDA constatou a existência de 21,65MT de soja em solo norte-americano em primeiro de junho. O mercado esperava algo a mais, 22,1MT. Na mesma data do ano passado, o volume era de 26,5MT e, em primeiro de junho de 2021, de 20,9MT.
Mercado Doméstico
O mercado doméstico teve forte impulso, postado nos ganhos verificados em Chicago. Embora câmbio e prêmios venham jogando na contramão, as indicações de compra melhoraram de forma significativas.
Agora, com área menor, o comportamento do clima nos campos do Meio Oeste ganha ainda mais importância para a definição da safra e, por extensão, dos níveis de preço. Por esta razão todas as atenções se voltam para lá.