Na
intitulada “Jornada Nacional de Lutas”, o MST tem promovido uma série de
invasões nesta semana. Eram terras e agora passaram a ser instituições como
sedes do Incra de estado como de Sergipe, em Aracaju. Inclusive com a promoção de
“audiência pública” com o superintendente do local, André Milanez, assim como com diretores da instituição e
representantes do MST no estado, “para dialogar sobre as pautas dos
assentamentos e acampamentos de todas as regiões do estado”, justifica o MST.
Ainda na cidade, foi promovida na Câmara Municipal uma “sessão
solene” em homenagem aos 40 anos do MST e “em memória aos mártires de Eldorado
do Carajás”. “A sessão integra a programação do Abril de Lutas, e na ocasião,
também foram divulgadas informações sobre a preparação do 7º Congresso Nacional
do MST”, divulgou a entidade.
E como respostas a estas ações ilegais, tem ocorrido muitas
reações de entidades civis da sociedade. “A Sociedade Rural Brasileira defende
veementemente o Estado de Direito e expressa sua total reprovação às ações do MST,
que têm resultado na ocupação ilegal de propriedades rurais em 11 estados do
país, inclusive um centro de pesquisa da Embrapa localizado em Petrolina,
Pernambuco. O aumento dessas atividades representa uma clara violação do
direito à propriedade privada e gera um clima de insegurança no meio rural”,
reagiu a SRB.
“Esperamos
uma resposta rápida das autoridades locais assim como do Governo Federal, a fim
de conter tais movimentos. Acreditamos firmemente que só existe um caminho para
promover a justiça social e ela se dá por meio do diálogo e dentro da
legalidade”, prossegue a manifestação da entidade. “A invasão de terras
produtivas fere direitos fundamentais do cidadão, afetando diretamente o
produtor rural que está produzindo, garantindo a segurança alimentar e
movimentando a economia do país”, lamentou o presidente da SRB, Sérgio
Bortolozzo.
“A Associação
Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass) repudia
as invasões de propriedades privadas realizadas pelo MST e expressa sua
solidarização aos produtores rurais das 28 áreas, em 16 estados e no Distrito
Federal, que tiveram suas propriedades ilegalmente ocupadas durante o mês de
abril”, destacou a entidade “Reafirmamos o entendimento que se trata de um ato criminoso,
um desacato ao estado democrático de direito e ao direito de propriedade. A
entidade manifesta apoio às autoridades constituídas a combatê-los em todo país
e a punição dos responsáveis”.Baderna em pleno 2024
Já o presidente da
Frente Parlamentar de Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), voltou a se
manifestar contra as ações ilegais. “Não podemos aceitar,
em pleno 2024, baderna no nosso país”, disse. “Temos trabalhado na FPA para
auxiliar com propostas que possam acabar com a liberdade de organizações que só
destroem o desenvolvimento social e econômico. Ainda temos muito para caminhar,
com projetos que vão desde tirar os invasores dos programas sociais do governo
a tipificar o crime como terrorismo. Demos o primeiro passo agora”.