A instabilidade climática na agricultura brasileira está gerando preocupações, especialmente sobre a colheita de soja no Mato Grosso, principal estado produtor do país. Apesar disso, a SLC Agrícola (SLCE3) se destaca como uma forte contendora em meio a essa tempestade. De acordo com um relatório recente do Bank of America (BofA), os desafios trazidos pelas chuvas podem resultar em preços mais baixos para os produtores, impactando nas decisões sobre a segunda safra de milho e algodão que devem ser plantadas nas próximas semanas.
O BofA acrescenta que os rendimentos de 60% da soja no Rio Grande do Sul foram comprometidos por uma seca recente, afetando 12% da produção nacional. Contudo, essa situação, combinada com uma oferta reduzida nos Estados Unidos, pode proporcionar suporte aos preços do milho, que já viram uma alta de 10% em dólar nos mercados de Chicago, conforme afirmam os analistas da instituição.
Visão positiva para SLC Agrícola (SLCE3)
O report do Bank of America reforça a recomendação de compra para os papéis da SLC Agrícola, destacando a robustez da empresa diante das condições adversas. O preço-alvo projetado é de R$ 24, sugerindo um potencial de valorização de 36,13%. Este otimismo também foi ecoado por outra instituição financeira, o BTG Pactual, que incluiu a ação da SLC entre suas recomendações de destaque ao lado de empresas como São Martinho (SMTO3) e JBS (JBSS3).
Os analistas destacam a combinação de crescimento robusto e a eficiente execução de estratégias pela SLC, considerando que, mesmo com os possíveis atrasos nas safras, a empresa está bem posicionada para capitalizar sobre o cenário de alta nos preços de grãos, além de contar com um balanço patrimonial saudável.
Expectativas para o setor agrícola
Embora a SLC mostre resiliência, outros segmentos do setor agrícola poderão encontrar obstáculos. A pressão sobre os preços devido ao aumento da oferta pode resultar em um impacto negativo nos lucros. Por outro lado, o retorno esperado de uma produtividade melhorada nas colheitas pode ajudar a mitigar esses riscos, conforme os analistas têm observado em suas avaliações.
Além disso, a iminente plantação de milho e algodão está sendo monitorada de perto, já que o sucesso dependerá das chuvas adequadas nos próximos meses. Historicamente, o Brasil é responsável por 30% do comércio global de algodão, e a velocidade com que a safrinha de milho avançar poderá moldar diretamente a balança comercial.
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