A SLC Agrícola registrou no 4T19 um lucro líquido de R$ 88,7 milhões, ante o lucro de R$ 33,5 milhões do 4T18; explicado principalmente por aumento no Resultado Bruto das culturas faturadas (ex Ativos Biológicos) e o maior valor de apropriação de Variação de Valor Justo dos Ativos Biológicos.

No acumulado de 2019 o lucro líquido registrou queda de 22% em relação a igual período do ano anterior totalizando R$ 315 milhões; explicado pela dinâmica de apropriação dos Ativos Biológicos (Variação do Valor Justo e Realização do Valor Justo) que refletiu a redução de produtividade no algodão; por queda dos preços da commodity.

Ao final de dezembro de 2019 o valor líquido dos ativos (NAV) era de R$ 4,62 bilhões, equivalente a R$ 24,24/ação, que se compara a cotação de R$ 19,66/ação de ontem (11/março), portanto não precificado. Seguimos com recomendação de COMPRA e preço justo de R$ 27,00/ação, com potencial de alta de 37,3%.

Destaques Financeiros

O EBITDA ajustado do 4T19 somou R$ 277,4 milhões (margem de 33,9%); sendo R$ 80,2 milhões referentes a venda de terras realizada em novembro de 2019. No acumulado de 2019 o EBITDA ajustado somou 795,5 milhões com margem EBITDA de 31,4%.

A Receita Líquida cresceu 2% no 4T19 ante o 4T18 para R$ 819,1 milhões; explicada pelo aumento do preço unitário faturado (já considerado o hedge cambial) em todas as culturas; compensando a queda do volume faturado de 11,1%, com destaque para a soja, cujo volume de embarques foi superior no primeiro trimestre do ano. Destaque também para a venda de 5.205 hectares (4.162 úteis) pelo montante de R$ 83,2, com impacto de R$ 22,1 milhões no resultado líquido do trimestre.

A Receita Líquida de 2019 somou R$ 2,5 bilhões, um novo recorde, e crescimento de 21% sobre 2018; reflexo do aumento de área plantada e melhores produtividades (na soja e no milho) frente à safra 2017/18; e maiores preços de venda em todas as culturas. A estratégia de hedge cambial e de commodities se mostrou eficaz, garantindo bons níveis de preços a despeito das oscilações de curto prazo nos preços dos produtos.

A geração de caixa livre foi positiva no trimestre (em R$ 470 milhões), função da queda da Necessidade de Capital de Giro . Com isso, o endividamento líquido somou R$ 974 milhões, equivalente a 1,2x o EBITDA e se compara a 1,3x ao final do 4T18.

Em 2019 foi concluída a avaliação anual das terras de propriedade da companhia, pela empresa Deloitte Touche Tohmatsu, na qual foi apurado um valor total de R$ 3,8 bilhões, apreciação de 3,4% sobre 2018. O valor médio do hectare agricultável de propriedade da companhia atualmente é de R$ 18.415.

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