A SLC Agrícola registrou no 3T20 um Prejuízo Líquido de R$ 35,7 milhões, acumulando no 9M20 um lucro de R$ 316,8 milhões e alta de 39,9% ante igual período do ano anterior. O principal fator que contribuiu para a queda no 3T20 foi a dinâmica de contabilização dos Ativos Biológicos.

Já o crescimento no acumulado do ano refletiu (i) o aumento de R$ 42,0 milhões no Resultado Bruto das culturas faturadas (excluindo impactos dos Ativos Biológicos), em função de maiores volumes e melhores preços (na soja e no milho) e (ii) a dinâmica de contabilização dos Ativos Biológicos, que prevê Resultado Bruto superior para o algodão na safra 2019/20 frente ao estimado para a safra 2018/19, o que já está implícito no lucro acumulado do ano.

Considerando a geração de caixa no período, assim como o lucro tributável, a Administração da SLC Agrícola aprovou na sexta-feira (06/11) o pagamento de R$ 37,1 milhões a título de Juros sobre Capital Próprio, correspondente a R$ 0,19813998 por ação ordinária. O pagamento será feito no dia 16/12, com data de corte de 13/11 e negociação ex-juros a partir de 16 de novembro de 2020. O retorno líquido é de 0,63%. Seguimos com recomendação de COMPRA para SLCE3.

Destaques

A Receita líquida cresceu 13,4% no 3T20 em relação ao 3T19, para R$ 776,5 milhões, principalmente por aumento no volume de algodão faturado; e melhores preços de faturamento na soja e no milho. No 9M20 a receita líquida alcançou R$ 2,0 bilhões, um aumento de 14,9%; explicado por aumento de volume faturado nos principais produtos e também avanço nos preços faturados da soja e do milho; parcialmente compensados por menor preço de faturamento do algodão (quando considerada a alocação do hedge cambial por cultura).

Destaque no 3T20 para o aumento de 7,6% no Custo dos Produtos Vendidos para R$ 551,0 milhões; principalmente devido ao maior volume de algodão faturado no período e aumento do custo unitário da soja e do milho. O custo dos produtos vendidos no 9M20 cresceu 18,5% ante o 9M19 para R$ 1,4 bilhão; explicado pela combinação de maiores volumes faturados nos principais produtos combinado com aumento nos custos unitários.

O EBITDA ajustado no 3T20 somou R$ 234,6 milhões (margem de 30,2%), com aumento de 30,8% em relação ao 3T19. No acumulado do 9M20 o EBITDA ajustado atingiu R$ 562,3 milhões, com margem EBITDA ajustada de 28,5%, sendo 8,5% superior ao 9M19. Basicamente o principal fator que contribuiu para esse desempenho em ambos os períodos (trimestral e anual) foi o aumento no Resultado Bruto (excluindo as variações de Ativos Biológicos) das culturas da soja e do milho, parcialmente compensado pela redução no Resultado Bruto da cultura do algodão.

O Resultado Financeiro Líquido ajustado no 3T20 apresentou redução de 36,1% em relação ao 3T19; para uma despesa financeira líquida de R$ 26,4 milhões por conta da redução do CDI, principal indexador dos contratos de dívida. No 9M20 houve queda de 12,0% na despesa financeira líquida para R$ 86,9 milhões, principalmente explicados pelo resultado na conta de Ajuste a Valor Presente de Arrendamentos, devido ao alongamento de alguns contratos e do aumento no preço da saca de soja em Reais (indexador dos contratos).

Os investimentos somaram R$ 73,3 milhões no 3T20 e R$ 189,2 milhões no 9M20 (com queda de 21,5%) como forma de proteger o caixa. No 3T20 os maiores investimentos realizados foram em máquinas, implementos e equipamentos e correção do solo.

Ao final do trimestre a Dívida Líquida ajustada da companhia era de R$ 1,2 bilhão em queda em relação a R$ 1,46 bilhão do trimestre anterior. A alavancagem caiu de 1,86x no 3T20 para 1,46x no 3T20.

Publicidade

Essas ações extremamente baratas podem mudar seu 2025!