Prof. Rodrigo Antonio Chaves da Silva
https://rodrigoantoniochaves.blogspot.com/
Contador, menção honrosa no prêmio internacional
Rogério Fernandes Ferreira

1 – O PROBLEMA: A EPIDEMIA

No final do ano passado todos ficamos assustados com o aparecimento de um novo vírus vindo duma região da China, organismo este que fica “oculto” 14 dias no corpo humano, depois gera manifestações no corpo, de tal sorte, que, quando a pessoa percebe, passa a ter os sintomas de uma GRIPE FORTE, já se acode muitas vezes com PNEUMONIA AGUDA, sendo letal nos grupos de risco, isto é, de 60 anos para cima, obstante, alguns conseguem passar bem durante a crise do organismo, com alguns dias de febre, e dores no corpo; cada um tem uma reação, mas geralmente os resultados são sérios.

As epidemias no mundo, todavia, geraram graves consequências.

A primeira maior epidemia foi a peste bubônica vinda dos ratos, causada pela bactéria Yersinia, atacou a humanidade no século XIV, entre 1330 a 1350, matou 50 milhões de pessoas na época a população mundial era de 370 milhões, portanto quase 14% da população mundial.

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 A cólera no século XIX com o surto no mundo matou cerca de 3 milhões de pessoas, a população era de 1 bilhão, portanto, uns 0,003% mais ou menos.

A tuberculose em 100 anos, de 1850 a 1950, matou 1 bilhão de pessoas, ou seja, metade da população nos cem anos.

A varíola de 1896 a 1980 matou 300 milhões de pessoas, alternadas, correspondendo para 5 bilhões de habitantes, cerca de 6% de pessoas.

A gripe espanhola, no mundo, em um ano, de 1918 a 1919, matou 20 milhões de pessoas, cerca de 0,001%. O tifo de 1918 a 1922 matou 3 milhões de pessoas. O sarampo até 1963 matou 6 milhões de pessoas.

O vírus influenza H1N1 infectou 500 milhões de pessoas, e matou 50 milhões, portanto, letalidade de 10%, e praticamente 7% de infecção no mundo.

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Agora a epidemia atual, segundo a maioria dos alarmistas, é a “pior de todas”, infectou 1 milhão de pessoas no mundo (mais ou menos), e matou 100 mil (aproximadamente), o que corresponde como infecção, se arredondarmos, um total de 0,00014% da população mundial, a letalidade até agora é de 0,00001%. Pelos números, certamente, há exageros, mas apelamos para os cuidados médicos mesmo assim.

Embora esta nova epidemia não chegue aos pés da influenza é fundamental o cuidado e ainda manter as precauções médicas, todavia, é importante dizer que a situação é séria mas não É TÃO GRAVE, por quê fazer tanto alarde para um novo vírus cujos efeitos são menores do da influenza? Pelos dados, fatos, e informações estatísticas há grande diferença. Mas cumpramos a quarentena com todas as recomendações, evitemos os aglomerados de pessoas, e vamos nos proteger contra o novo vírus, embora já estamos com avanços na medicina. O isolamento parcial para os comércios com as recomendações de higiene não seria errado, asfixiar a economia num momento desses gerará sérios prejuízos à toda comunidade brasileira, mister é a consideração do equilíbrio entre o isolamento e a atividade que mantém a sociedade.

O problema é que a paralisação de 30 dias a 120 dias poderá gerar transtornos piores na sociedade que um tipo de isolamento vertical, ou precauções gerais nos comércios. O fechamento e ISOLAMENTO TOTAL será negativo. Basta fazer uma análise dedutiva para comprovarmos tais consequências. Porém, as medidas do governo são de PRECAUÇÃO GERAL DE PROTEÇÃO INTEGRAL DE TODAS AS VIDAS o que está correto, portanto, a causa que pensamos é porque o VÍRUS É NOVO, como se conhece pouco, é necessário a PRUDÊNCIA TOTAL, e com isso, a preservação da vida humana e a integridade dos brasileiros. Mas com o passar dos dias, um equilíbrio para não destruir a economia e gerar desempregos seria importante (como hoje já vem acontecendo).

2 – CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS E SOCIAIS PARA OS TRABALHADORES

Com um isolamento total, todos os setores da economia ficarão paralisados, ou funcionarão com baixa atividade, logo, as empresas que têm fluxo de caixa semanal já terão que proceder às demissões em massa, gerando carestia e infortúnio para alguns trabalhadores, especialmente aqueles que não têm reserva financeira ou poupança.

Haverá DESEMPREGO mesmo com medidas do governo que falaremos adiante.

O desemprego gerará necessidade econômica, pobreza, e dano social, porque aqueles que dependem da única fonte de renda não terão onde tirar os recursos. Mesmo com a possibilidade de uso do fundo de garantia, os trabalhadores perderão o contrato de trabalho, e como as empresas custarão voltar à normalidade, não haverá seguro desemprego que resolva o mesmo estado de normalidade que tiveram antes.

Os que podem trabalhar em casa, ou por meio digital, não serão tão afetados, todavia, aqueles que tiverem clientes, que não poderão ganhar sua remuneração por causa do isolamento total, sim, haverá uma inadimplência por consequência.

A inflação então vai aumentar, e os salários vão diminuir, consumindo poupança e gerando pobreza.

As medidas do governo vão enxertar quase 90 bilhões para aqueles mais simples, isso ajudará, todavia, se não houver emprego garantido, ou não se voltar à atividade, por ajustes específicos do isolamento, isso não resolverá, pois, na rede econômica, lá na frente até o Estado poderá não ter dinheiro, tendo que fazer endividamento, empréstimos, onerando mais a máquina pública, podendo até chegar em possíveis crimes de responsabilidade caso haja falha nas ações.

Portanto, assumir em determinados casos os empréstimos do governo para pagar funcionários, já seria um paliativo para os meses nos quais se ficará parado.

O correto é usar as reservas de lucros, mas como nem todas empresas trabalham com uma contabilidade real, e uma gestão patrimonial mais ampla, fica difícil esta disposição.

O governo fará medidas que iremos falar a seu tempo aqui neste rápido artigo, todavia, as consequências econômicas só em São Paulo segundo o jornal da Rede Record de 31 de Março, são de 1,5 milhões de desempregados, lamentavelmente, o número na escala proporcional em 3 meses poderá chegar a quase 5 milhões, se o pior acontecer…

O desemprego é um mal social que a economia deve enfrentar; é como se fosse uma doença na sociedade, agora com a paralisação, a tendência infelizmente é perda de emprego no intervalo de um a três meses, mesmo com as medidas do governo, porque se alguns setores não podem vender e nem agir, como haverá manutenção dos empregos e do trabalho humano, por meio de financiamentos?

3 – CONSEQUÊNCIAS GERAIS PARA AS EMPRESAS

As empresas sem possibilidade de trabalho humano não irão produzir, portanto, terão inicialmente um acúmulo dos seus estoques já produzidos, e uma ausência de vendas, constituindo pois capital empatado e improdutivo.

Por outro lado alguns ramos empresariais, ou determinados setores, estão trabalhando com afinco, que são os de indústria médica e medicinal, igualmente os laboratórios.

Como não haverá nova produção normal no mês, porque não há trabalhadores em operação, haverá perdas patrimoniais.

As perdas não são apenas ligadas ao ócio, elas são ligadas também à ausência de vendas, fora os prejuízos, porque os custos irão correr, como estão correndo na competência do exercício.

Assim as empresas terão que se socorrer dos empréstimos: em parte o governo estará liberando linhas de financiamento por meio dos bancos públicos que ajudarão a pagar o salário de funcionários e empregados, linhas estas que poderão obter as empresas que tiverem de 300 mil a 10 milhões de reais.

O crescimento do endividamento econômico das empresas será grande. Muitas falências em decorrência disto.

Pensamos também que as empresas maiores têm um grau de reserva de capital, e ao mesmo tempo, reservas financeiras, podendo arcar com o dano, embora haja linhas especiais e próprias de bancos comerciais e cooperativas de crédito para tal epidemia.

Mas a reação é em cadeia: com a ausência de empregos, não haverá vendas, e muitas empresas, até mesmo grandes, poderão fechar as portas no intervalo de 90 dias, considerando que a maioria delas têm estoques a serem girados com 8 dias, portanto o fluxo de caixa é praticamente semanal.

Os problemas sociais, então, serão gerados nas empresas, porque o desemprego não cria capital, e sem renda a pobreza tende a aumentar.

As empresas que tiverem que mandar os seus funcionários embora, criarão passivos trabalhistas altos prejudicando a sua solvência e sua liquidez.

Neste ponto, veremos claramente que as empresas além dos passivos trabalhistas podem quebrar por conta das mesmas obrigações.

Sem contar que haverá problemas jurídicos com relação aos contratos, não poderão entregar os produtos, não poderão produzir, logo, ficarão numa ponte de intermédio, tendo que rever todos os contratos, terão atrasos em tudo, e ausência de fluxos de caixa poderão também sofrer multas de alteração, ou multas por não prescrição da produção; o dano é geral, difícil é conseguir achar ganho nisto, mesmo para uma possível ausência de multa, a falta de trabalho e operação é absolutamente consequencial, fora a ineficiência dos investimentos.

Por outro lado, elas não pagarão os tributos se não têm receita, o que gerará um outro problema sério em matéria de alimentação do Estado, de tal maneira que o aparato público sem dinheiro não poderá pagar as suas contas, irá endividar, criando uma ciranda de mais dívida estatal e pública, e mais dano social naturalmente.

O governo adiou a entrega de muitos tributos, todavia, não resolve o problema ainda. Se as empresas não andarem e não se dinamizarem como que se solucionará a questão da alimentação do Estado?

4 – AS CONSEQUÊNCIAS PARA O ESTADO

Segundo o ministro da economia, Dr. Paulo Guedes, em entrevista, o Estado estará enxertado 800 bilhões na economia porque não haverá como ela se manter sozinha.

É acertada a ação do governo. Mas é paliativa e temporária, se a economia não voltar, e a sociedade parar, não haverá recursos nem para a sociedade, nem para o Estado, por isso ele solicitou que não se asfixiasse a economia, se mantivesse ela ao menos no básico, para que gradativamente voltasse à normalidade.

UM ESTADO VIVE DO MERCADO, ELE NÃO PRODUZ DINHEIRO SOZINHO.

A ideia que o Estado cria dinheiro, foi a mesma que fez os países bolivarianos, guiados pela ideologia e não pela ciência, deixarem a inflação em 1000% mensal, com ausência de material básico e alimentação para a população geral nas prateleiras dos mercados.

Se um governo mandar a casa da moeda distribuir dinheiro, como acontece em alguns países ideológicos, centralizar-se-ia a inflação aumentando quantidade monetária com perda de valor de compra, gerando mais despesas para a família brasileira.

O que alimenta um Estado são os tributos.

Quem paga os tributos são as empresas. Agora se estas param…

Ou se o Estado enxerta recursos nas empresas, e elas pararem… Haverá COLAPSO GERAL DO SISTEMA SOCIAL.

Portanto, a ação do governo, acertada, é paliativa, para cerca de um trimestre, todavia, se a economia não recuperar haverá mais problemas por conta dessa ação, gerando mais endividamento.

A razão disto é simples, pela própria logística econômica (como já explicamos acima).

As receitas estatais vêm dos tributos, e a tributação vem dos preços da empresas.

Então, se as empresas operam e vendem o seu capital, mais tributos são pagos ao governo.

Assim o Estado paga totalmente as suas contas, e faz as políticas públicas com base nos tributos do governo.

Então, para manter o Estado as empresas têm que tributar com base na dinâmica dos seus capitais.

Todavia, se as empresas estão paradas, como a ciranda ou o círculo virtuoso acontece? Não pode! Ele está parado por conta de uma ausência de movimento e causas fenomênicas que acionam a engrenagem.

Logo, o Estado pede ao tesouro nacional que o ajude, e assim adianta valores como décimos terceiros, transfere seguros desempregos para o fundo de garantia, libera o fundo aos trabalhadores, permite a liberação de dinheiro criando novos auxílios de renda para os mais pobres, permite empréstimos para as empresas, entre outras ações mais.

Ele adianta uma parte comprometendo o seu orçamento na competência, todavia, não poderá fazer sempre isso ou manter isso por muito tempo, porque não possui RESERVA.

Acredita-se que um Estado como o nosso não pode quebrar, todavia, esta tese é legal. Não é patrimonial. A lei brasileira impede um ente público de quebrar. Contudo, essencialmente, na realidade dos fatos, no patrimônio, nas finanças, qualquer Estado pode ter patrimônio quebrado quando suas dívidas são maiores que seu ativo, ou suas receitas, e o déficit fiscal existe no patrimônio público com largo endividamento.

Portanto, o que o Estado fez foi apenas antecipar um dinheiro que está previsto que iria entrar a seu tempo, colocando bilhões na economia; existirá, pois, mais da metade do valor que se gastará de despesa, e mais de metade do orçamento utilizado. Todavia, como dissemos se a engrenagem não roda novamente, haverá outro problema.

Para nós aqui, adiante, focaremos especificamente nas ações do governo no que tange aos quase 150 bilhões que irá liberar ainda este mês para aquecer a economia.

Uma medida feita a dois objetivos: para combate a recessão por conta da crise econômica, e para sustentação dos trabalhadores. Num tempo atrás o governo fizera a liberação do FGTS liberando 20 bilhões na economia. Porém, agora não adianta para o Estado brasileiro apenas fazer isso se O MERCADO NÃO VOLTAR A FUNCIONAR.

Acreditamos que se em três meses não voltar a regularidade, e o MERCADO NÃO CONSEGUIR AVANÇAR NORMALMENTE, a máquina pública mais vai se endividar, e com isso, ter-se-á mais credito suplementar, ao mesmo tempo problemas sérios de administração. Considerando que não haja credito suficiente, e que não haja tributação, até mesmo as pensões poderão estar ameaçadas, numa hipótese de ausência de mercado, créditos, e tributação normal, portanto, é um risco o mercado estar parado, um dano social muito grave, e uma perda em tributação ao mês de no mínimo 120 bilhões.

5 – CONSEQUÊNCIAS PARA OS BANCOS

Os bancos sem possibilidade dos seus funcionários trabalharem, e sem ainda possiblidade de atendimento em conglomerados, possivelmente terão perdas também. Embora isso seja revertido pelas ações do governo logicamente. Serão os bancos que não deixarão a crise aumentar, sustentando pela circulação a economia.

A INADIMPLÊNCIA naturalmente crescerá na carteira de crédito. 

O uso de internet bank, celulares, máquinas eletrônicas para o pagamento, serão utilizados de maneira normal. Portanto, um crescimento no setor eletrônico e digital dos atendimentos, pelo uso da internet ocorrerá.

Embora não saibamos como o serviço de internet poderá se manter também sem recursos girando, e sem pagamentos, mas enquanto existir a possibilidade de internet o aumento do e-bank já é uma realidade.

Todavia, o atendimento daqueles que precisam do dinheiro fisicamente e fazem transações pessoais, físicas, não poderá ser feito normalmente.

Os bancos para tentarem fazer isso acabam estabelecendo um tipo de medida que é o atendimento por pessoa sem aglomeração.

É uma medida em muitas empresas de abastecimento.

Todavia, há de entendermos que haverá ao mesmo tempo, uma queda dos depósitos, pois muitas questões de alarme e desespero irão proceder a retiradas monetárias de capital, ou seja retirada de numerários, mesmo com o atendimento parcializado.

Portanto haverá uma QUEDA DOS DEPÓSITOS naturalmente.

Mas se não houver pagamentos de contas nos bancos, e suprimentos, poderá faltar dinheiro. A pecúnia poderá vir fisicamente por meio de carros-fortes, todavia a criminalidade neste período aumentar-se-á.

O que está sendo revertido, obviamente, por conta do governo, é mais enxerto de capital por valores a serem empregados, então os bancos irão compensar uma parte do dano com mais empréstimos da carteira, ganhando na outra parte que perde por conta da ausência de depósitos, mantendo algum tipo de equilíbrio financeiro. Todavia, muitas vezes e casos, não suficiente.

Neste sentido haverá um balanço que não é tão favorável para os dois lados, não obstante, suprir-se-á alguma coisa.

Mesmo assim a recessão invade os bancos por conta de quedas de rentabilidade, e desequilíbrio entre as entradas e saídas financeiras

6 – EFEITOS NO MERCADO DE CAPITAIS

O mercado de capitais, numa crise como esta, tem uma QUEDA ABRUPTA DOS INVESTIMENTOS.

As margens de resultado tendem a cair e a oferta em algumas ações caem também; como são poucos os que investem e poucos que têm recursos para pagar, ele não consegue suprir muitas vezes as perdas diárias.

As moedas estrangeiras tendem a cair e nossa perde valor, o câmbio aumenta desvalorizando o nosso dinheiro.

Se o dólar está na beira dos cinco reais, a tendência dele é aumentar

Isso é normal em crise, o investimento de especulação cai porque falta mobilidade no mercado, embora por um lado pode crescer por meio de internet em investimentos comprados on-line.

A cotação do ouro sobe e estabiliza o mercado.

Mesmo assim, no geral, a queda pela incerteza do mercado é grande, e somente alguns especuladores conseguem comprar estas quantidades.

No fim das contas a moeda estrangeira subindo, as bolsas de valores têm queda significativa dia a dia.

Depois de mais tempo, com a movimentação normal do mercado, e o desequilíbrio das commodities, que são os produtos provenientes da natureza, que teremos um mercado mais favorável, por enquanto, a tendência dos preços, dos produtos alimentares, e naturais, como vegetais, carne, legumes, é crescer, junto com a moeda estrangeira, embora o preço do petróleo deva cair favorecendo o uso de combustível, mas sem possibilidade de locomoção… Volvemo-nos ao ciclo vicioso.  

7 – AS MEDIDAS DO GOVERNO CONTRA A CRISE PROVINDA DO VÍRUS

O governo para não retrair mais a economia, e segurar a recessão, está investindo no mercado geral.

Segundo a fundação Getúlio Vargas, a queda no PIB será de 4%, o que corresponde a uma média de 240 bilhões, além disso, considerando a receita aproximada de 1,4 trilhões, só de arrecadação em trinta dias é uma perda de 120 bilhões aproximados.

Os comércios que não vendem fecham as portas e podem quebrar, os setores de carros e transporte aeronáutico tendem a cair o volume e subir os prejuízos, visto que os danos previstos no setor da avionagem, já chegando a mais de meio trilhão.

Portugal estará enxertando cerca de 3 bilhões de Euros o que dá um montante de 18 bilhões de reais. Isto será dado pelos bancos.

O Brasil estará investindo só para socorrer emergencialmente a população, cerca de um pacote de 147,3 bilhões de reais.

Desse valor teremos a divisão:

  • Certos 83,4 bilhões serão para os mais pobres, zerando a fila do bolsa família, e para os jubilados.
  • Haverá a antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas o que dará um dinheiro no mercado de 46 bilhões.
  • Cerca de 12,8 bilhões de abono salarial para os menos favorecidos.
  • Para PIS e PASEP serão retirados 21,5 bilhões.
  • Outros 59,4 bilhões para a manutenção dos empregos e das empresas.   

Portanto, o total desse pacote, segundo o jornal gazeta, é equivalente a quase 150 bilhões.

O ministro Paulo Guedes considerou muitos bilhões com outras condições, mas que o governo faz diretamente são estes os valores.

Segundo o jornal gazeta aqui está o resumo das ações:

Liberações emergenciais
    Total:     R$ 147,3 bilhões

    População mais vulnerável:     R$ 83,4 bilhões
    » Antecipação das duas parcelas do 13º de aposentados e pensionistas do INSS, para abril e maio:     R$ 46 bilhões;
    » Transferência de valores não sacados do PIS/Pasep para o FGTS, para permitir novos saques:     R$ 21,5 bilhões;
    » Antecipação do abono salarial para junho:     R$ 12,8 bilhões;
    » Reforço ao programa Bolsa Família, com a inclusão de mais 1 milhão de beneficiários:     R$ 3,1 bilhões;
    » Redução do teto de juros do consignado, aumento da margem e do prazo de pagamento.

    Manutenção de empregos:     R$ 59,4 bilhões
    » Adiamento do prazo de pagamento do FGTS por três meses:     R$30 bilhões;
    » Adiamento da parte da União no Simples Nacional por três meses:     R$ 22,2 bilhões;
    » Crédito do Proger/FAT para micro e pequenas empresas:     R$ 5 bilhões;
    » Redução de 50% nas contribuições do Sistema S por três meses:     R$2,2 bilhões;
    » Simplificação das exigências para contratação de crédito e dispensa de documentação para renegociação;
    » Simplificação do desembaraço de insumos e matérias-primas industriais importadas antes do desembarque.

    Combate à pandemia:     R$ 4,5 bilhões
    » Destinação do saldo do fundo do DPVAT para o SUS:     R$ 4,5 bilhões;
    » Redução a zero de importação para produtos de uso médico-hospitalar (até o final do ano);
    » Desoneração temporária de IPI para bens importados listados que sejam necessários ao combate à Covid-19;
    » Suspensão da prova de vida dos beneficiários do INSS por 120 dias.

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2020/03/17/internas_economia,834715/coronavirus-veja-as-principais-medidas-economicas-anunciadas-pelo-gov.shtml

Portanto, será assim que o governo enfrentará a crise, enxertando praticamente quase dez vezes o que Portugal fez, claro que os países são diferentes, mas acreditamos que as medidas são necessárias e importantes, não diremos suficientes, mas foram ações possíveis, adequadas para o momento, poderíamos ter medidas maiores, todavia, como no Brasil a lei brasileira permite o orçamento ser todo gasto, não entendemos uma possibilidade de enxertar reservas no mercado, até porque não há reservas de capital no patrimônio público, fora os rombos que existiram em nossos cofres nos últimos 15 anos, então com um Estado quebrado, isso é mais do que o que pensamos que um governo pudesse fazer.

O que o governo está fazendo, conforme a sua lei emergencial, é enxertando capital do seu orçamento para que não se prejudique e não permita mais prejuízos à população.

Acreditamos que são medidas certas, poderiam ser mais desde quando houvesse reservas e Estado com solvência financeira, mas cerca de 30 anos de quebras estatais e contínuas dívidas públicas, deixaram como que impossível a sanidade do orçamento, e a lei brasileira não permite fazer reservas nem guardar o dinheiro mas gastar tudo, o que infelizmente impede fazer tal qual os Estados Unidos fez dando cerca de quase cem vezes o que estamos disponibilizando aqui.

8 – CONSEQUÊNCIAS GERAIS E CONCLUSÕES

A pandemia mesmo não sendo tão grave em números, todavia, séria, porque cada vida é importante, o vírus é novo, gerou como gerará graves consequências econômicas e sociais.

Toda precaução é bem-vinda, mas o isolamento geral e total vai gerar defeitos graves para a economia e para os mais pobres, como por exemplo, a ausência de empregos, e a impossibilidade de trabalho.

O governo está apenas fazendo paliativos, não resolve o problema econômico-social se a máquina não voltar a andar. Mas são medidas adequadas.

A única solução seria voltar a economia aos poucos, ou ela andar normalmente após o surto, ou mesmo durante o surto com picos mais baixos, crescendo gradativamente, tendo um isolamento vertical e parcial.

Esta mesma tese defendida pelo Presidente parece ser controversa, mas não está errada quando analisamos algumas vozes de alguns epidemiologistas, e observando que as pessoas mais pobres e os cidadãos em geral precisam de trabalho, fazendo com que se mantivesse o equilíbrio entre a saúde da população, e a vida financeira dos empregados. O inimigo a ser vencido é o desemprego também. E para muitos o mais importante é o seu trabalho. Paliativos não resolverão a renda fixa e permanente que um trabalhador precisa de ter.

São dois problemas graves: A EPIDEMIA, E O DESEMPREGO.

Uma PARALISAÇÃO SOCIAL volvida de QUEDA DO TRABALHO HUMANO, POBREZA E MISÉRIA CONSEQUENTE.

Tivemos um isolamento geral já com desempregos, agora pedidos para um isolamento parcial, e um jogo político por conta do tratamento; parece que alguns políticos querem manter a quarentena com vistas a gerar crises sobrecarregando a União, ou jogando a culpa no Chefe maior de Estado, estas rixas políticas não acrescentam em nada e pra ninguém, e prejudicam o desenrolar benéfico das ações. Cumpramos as recomendações, mas algo poderia ser melhorado para o bem da população e dos empregados. Esperamos que possamos sair dessa epidemia rapidamente.

Entendemos que o abalo social será maior por conta da economia e da paralisação social, só em São Paulo menos 1,5 milhão de empregos, número que foi conquistado no ano passado, agora possivelmente, neste mês, teremos o mesmo tanto, chegando a 5 milhões de desempregados numa escala proporcional direta nos três meses, para os trabalhadores será muito grave este impacto, fora as políticas públicas que terão apenas num mês menos 120 bilhões, devendo ser enxertado este capital de outras maneiras, como as que o governo está fazendo no mercado.

Esperamos que TUDO SE REVERTA PARA O BEM: o dano social, econômico; TUDO SE CONVERTA PARA O BEM DA SOCIEDADE BRASILEIRA, todavia, COM SAÚDE PARA TODOS, E COM A VIDA A SER PRESERVADA.

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