Você acordou hoje pensando que não vai conseguir, que não é boa o suficiente. Que vão descobrir que você é uma fraude e que não merece o reconhecimento…

Calma, por vezes esses pensamentos nos assombram. Mas é preciso ficarmos atentas. A tendência a autossabotagem, ao demérito, a achar que as conquistas são fruto de sorte ou qualquer outro fator, pode ser um forte indicativo da Síndrome da impostora.

A síndrome da impostora é uma desordem psicológica que, apesar de não ser classificada como doença mental pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é bastante estudada. De acordo com o Instituto de Psicologia da USP, essa síndrome afeta principalmente mulheres, e é caracterizada por pensamentos que reforçam a perda de confiança em si e a sensação de que o sucesso atingido não foi merecido.

Ela está diretamente ligada à insegurança, à incapacidade e afeta diversas áreas em nossas vidas, inclusive a financeira.

Um breve panorama feminino no mercado financeiro

Num passado não tão distante, muitas mulheres não tinham acesso a conta bancária, pois só o patriarca cuidava das finanças da casa. Até 1962, por exemplo, mulheres não tinham direito a ter CPF próprio. A elas cabiam o cuidado com os filhos e o lar. As lutas foram muitas. Buscando melhores condições de vida e trabalho, depois a busca pelo direito ao voto e pelo reconhecimento profissional.

Contudo, os avanços vêm surgindo e as mulheres ganhando espaço cada vez mais como protagonista da própria história. Em 2021 o numero de mulheres investindo na B3 (Bolsa de Valores) ultrapassou 1 milhão, mas ainda é muito pouco comparado ao total de mulheres economicamente ativas em nossa sociedade. Em produtos mais conservadores, como o Tesouro Direto, o retrato é quase o mesmo: em 2021 as mulheres representaram 33% dos CPFs.

O que percebemos é que o mercado financeiro ainda é um mundo novo para muitas mulheres.

Vencendo a insegurança para começar

A Síndrome da Impostora pode atrapalhar muito nossa vida pessoal, a carreira e a forma como lidamos com o dinheiro. Contudo, existem meios de tratar essa condição buscando ajuda psicologia através de terapia, pedindo feedbacks a pessoas de sua confiança e fazendo uma autoanalise. Tomar consciência dos seus pensamentos e emoções é o passo inicial para a transformação.

Fugir de situações em que você acha que não domina é um sintoma frequente da Síndrome. Então, comece estudando, buscando informações e ajuda de especialistas. Investir não é aposta, entender que você pode e deve explorar esse mundo só vai lhe trazer benefícios.

Reprograme sua mente. Ao invés de dizer que investir não é para você, lembre-se que é normal não saber de tudo e que você vai aprender com o passar do tempo se houver dedicação.

Seja gentil consigo mesma. Lembre-se de que todas temos o direito de cometer erros ocasionalmente e se perdoar.

Considere o contexto: Em alguns momentos você pode se sentir mais confiante e em outros nem tanto. Mas isso não significa que você não é capaz.

Procure apoio: É importante ter em mente que você pode buscar ajuda e que não precisa fazer tudo sozinha. Existem profissionais no mercado financeiro bem preparados para te orientar no momento de investir.

Visualize seu sucesso: Foque no resultado que busca e cumpra todas as etapas. Tenham em mente que suas metas e sonhos podem ser alcançados.

Celebre cada conquista: Mesmo que a conquista seja pequena, se parabenize por chegar até lá. Conseguiu fazer seu primeiro investimento? Superou o medo de tirar o dinheiro da poupança e aplicar num outro ativo mais rentável? Então comemore!

É bem verdade que estamos longe da perfeição e somos todas passiveis a erros. Respeitar os próprios limites é o que vai fazer você dar o próximo passo!

Até Breve!

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte