O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) foi de 2,46% em junho, a maior taxa da série com desoneração da folha de pagamentos, iniciada em 2013, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou 0,68 ponto percentual acima da taxa de maio (1,78%).
As taxas apresentaram alta em todas as regiões, sobretudo no Sul (3,80%), puxada pela alta no Paraná (5,42%).
O acumulado no ano foi de 11,38% e, nos últimos doze meses, de 20,92%. Em junho de 2020 o índice havia sido de 0,14%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado passou de R$ 1.387,73 em maio para R$ 1.421,87 em junho, sendo R$ 829,19 relativos aos materiais e R$ 592,68 à mão de obra. A parcela dos materiais subiu 2,36%, variação 0,30 ponto percentual menor que a do mês anterior (2,66%). Em relação a junho de 2020 (0,17%), houve aumento de 2,19 pontos percentuais.
Já a parcela da mão de obra subiu 2,60%, com alta de 2,02 pontos percentuais em relação a maio (0,58%) e de 2,50 pontos percentuais comparado a junho do ano anterior (0,10%). Puxaram essa alta os dissídios coletivos de São Paulo, que registrou a maior taxa do ano.
No primeiro semestre, as altas acumuladas foram de 16,73% (materiais) e de 4,70% (mão de obra). Em doze meses, os acumulados chegaram a 34,45% (materiais) e 6,02% (mão de obra).
Região Sul registra maior variação mensal
Com a alta da parcela dos materiais em todos os estados, e o acordo coletivo registrado no Paraná, a Região Sul teve a maior variação regional em junho, 3,80%.
As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,14% (Norte), 1,92% (Nordeste), 2,83% (Sudeste) e 1,96% (Centro-Oeste).
Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.382,99 (Norte); R$ 1.343,47 (Nordeste); R$ 1.482,71 (Sudeste); R$ 1.493,35 (Sul) e R$ 1.379,39 (Centro-Oeste).
Paraná lidera as altas, com variação de 5,42%
Entre os estados, o Paraná apresentou a maior variação mensal, 5,42%, também influenciado pela alta na parcela dos materiais e o acordo coletivo. Em seguida vieram Mato Grosso do Sul (4,65%), Pernambuco (4,22%) e São Paulo (3,87%), também sob impacto da alta dos materiais e categoria profissionais.
O SINAPI, criado em 1969, tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.