A agência de classificação de risco Fitch Ratings anunciou, nesta quarta-feira (28), uma série de mudanças significativas nos ratings da Simpar (SIMH3), holding que, dentre outras empresas, controla JSL (JSLG3), Movida (MOVI3) e Vamos (VAMO3).

A agência reafirmou os Ratings de Inadimplência do Emissor (IDRs) de Longo Prazo em Moedas Estrangeira e Local em BB.

No entanto, o Rating Nacional de Longo Prazo da companhia foi rebaixado de AAA(bra) para AA+(bra).

Além disso, o rating da dívida sênior sem garantias e dos veículos financeiros da Simpar foi confirmado em BB, e as dívidas seniores sem garantias no mercado local também receberam um rebaixamento, de AAA(bra) para AA+(bra).

A perspectiva dos ratings corporativos foi ajustada para negativa, em substituição a anterior, que era estável.

Rebaixamento reflete desafios financeiros

A revisão para perspectiva negativa da Fitch reflete a alta alavancagem financeira consolidada da Simpar, que permanece consistentemente acima dos níveis esperados e não condiz com os ratings atribuídos anteriormente.

A agência destacou que a alavancagem prolongada, resultado de investimentos elevados e de um retorno menor sobre o capital investido, afetou negativamente a capacidade da empresa de converter EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em fluxo de caixa.

Pontos positivos mantidos

Apesar dos desafios financeiros, a Fitch ressaltou que os ratings internacionais da Simpar se beneficiam da escala significativa da empresa, do robusto perfil de negócios e da forte posição competitiva dentro da indústria brasileira de aluguel e logística.

O grupo continua a desfrutar de um portfólio diversificado de serviços e de contratos de longo prazo que representam uma parte substancial de suas receitas, que oferecem uma previsibilidade maior na geração de caixa.

Perspectivas futuras e expectativas da Fitch

A Fitch afirma que vai observar de perto o desempenho da Simpar e as suas estratégias para melhorar a alavancagem financeira e o fluxo de caixa.

A agência sinaliza que qualquer melhoria nesse sentido poderia influenciar uma possível revisão positiva da Perspectiva e dos ratings no futuro.

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