Caro Investidor,

Você sabe porque é importante uma nota positiva das agências de classificação de risco para os seus investimentos? Assim como no seu tempo de escola, seu desempenho era avaliado pelos professores dentro de alguns critérios estabelecidos pelas normas oficiais do MEC e da rede de educação da qual você fazia parte. Como você sabia que estava indo bem? Pelas notas, se fossem na média para cima, aprovado, caso contrário ficava em recuperação e se, mesmo assim, não alcançasse o mínimo, reprovação.

Com as agências de classificação de risco, como Moody’s, S&P e Fitch, é quase a mesma coisa. Elas avaliam como o país tem se desempenhado em um determinado período dentro de critérios econômicos, principalmente, estabelecidos. E isso é super importante, porque elas  têm uma influência significativa nos investimentos e no risco percebido pelos investidores. 

O que elas fazem? Avaliam a capacidade de pagamento de dívidas de empresas, governos e outras entidades, o que impacta diretamente a confiança dos investidores. Ou seja, na sua confiança também, ainda mais nesses tempos em que o otimismo no mercado está em baixa. Por outro lado, a elevação desta nota pode trazer mais dinheiro gringo ao país, seja para investirem projetos existentes como em novas frentes de negócios. 

A Moody’s elevou a nota do Brasil

Semana passada foi um rebuliço positivo quando a Moody’s elevou a nota de crédito do Brasil, o deixando a um passo do grau de investimento. No entanto, para alguns especialistas, isso oferece um risco: ofuscar o crescimento acelerado da dívida pública do país, questão central hoje para a economia brasileira.

Esse risco foi destacado em um texto da diretora de macroeconomia para o Brasil do UBS Wealth Management, Solange Srour, em sua conta no Linkedin, assim que foi divulgada a mudança da nota do país

Por que o Brasil teve nota elevada?

Conforme a agência, a elevação da nota brasileira reflete a melhora significativa no crédito do país, incluindo um crescimento mais robusto do Produto Interno Bruto (PIB) e um histórico crescente de reformas econômicas e fiscais.

A Moody ‘s disse que a mudança no rating soberano ocorre apesar de o arcabouço fiscal ainda ter “credibilidade moderada”, como indicado pelo “custo relativamente elevado da dívida”.

No entanto, mesmo com a melhora na nota, o Brasil ainda está abaixo da classificação de países vizinhos, para ficar só na América do Sul. O Chile tem nível “A” (S&P: A; Moody’s: A2; Fitch: A-), por exemplo.

Fonte: G1

A influência

As notas de agências de classificação de risco funcionam como uma espécie de termômetro da saúde financeira de uma empresa ou país. Um rebaixamento significa aumento do risco para os investidores, podendo impactar tanto o retorno esperado quanto a volatilidade dos ativos. 

Para os investidores, acompanhar essas classificações é essencial na tomada de decisões de investimento, especialmente quando se trata de alocação de capital em mercados de dívida.

Classificação – Uma nota mais alta significa que a empresa ou governo avaliado é considerado mais seguro, o que geralmente resulta em um custo de financiamento mais baixo (juros menores). Por outro lado, uma classificação baixa aumenta o custo de empréstimo, já que o risco de inadimplência é considerado maior. Isso afeta diretamente a lucratividade das empresas e o retorno esperado pelos investidores.

Pilar – Muitas instituições financeiras e fundos de pensão são regulamentados para investir apenas em ativos considerados seguros (investment grade). Se uma entidade perde esse status, pode haver uma venda significativa de seus títulos, o que pressiona ainda mais seu valor de mercado e aumenta os riscos.

Confiança – Investidores baseiam grande parte de suas decisões nas classificações de crédito porque elas fornecem um indicador confiável sobre o risco de inadimplência. Se uma nota de crédito é rebaixada, os investidores interpretam isso como um aumento do risco e podem optar por vender suas ações ou títulos, o que pode levar à queda dos preços.

Acesso – Entidades com classificações mais baixas têm dificuldade em acessar mercados de dívida ou capital, especialmente em tempos de crise. Isso pode gerar um ciclo negativo, onde a falta de capital aumenta ainda mais o risco de inadimplência, impactando o retorno dos investidores.

Volatilidade – As mudanças nas classificações de crédito podem causar volatilidade no mercado. Um rebaixamento inesperado, por exemplo, pode gerar uma queda acentuada nos preços dos ativos relacionados, prejudicando os investidores que estavam contando com uma estabilidade maior.

Falência – Para as empresas com classificações muito baixas, pode haver uma maior chance de falência ou de uma reestruturação de dívida forçada, onde os investidores podem perder parte ou todo o seu capital investido. Isso é um risco significativo para aqueles que detêm títulos de empresas ou países em situação financeira crítica.

(Fontes: CVM;Valor;Estadão;Agência Brasil)

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