Conforme as perspectiva dos próximos trimestres, a expectativa é que o segmento shopping siga registrando desempenho positivo, em virtude de uma taxa de juros menor quando comparado ao início do ano, bem como um índice de confiança do consumidor em patamar otimista.
“Por um lado, espera-se que o crescimento de vendas continue em tendência ascendente, dado a resiliência do segmento. Por outro lado, o crescimento dos aluguéis tende a ser mais comedido do que o apresentado nos últimos trimestres, especialmente devido à deflação do IGP-M. Atualmente, os fundos de shopping centers negociam com cap rate implícito de 10,5%”, comentam os analistas do BTG.
Análise do BTG sobre os FIIs de Shoppings
O time do BTG Pactual caiu de bruços nos destaques operacionais do 1T24 dos fundos imobiliários de shopping centers que faz a cobertura (BPML11, GZIT11, HGBS11, HSML11, VISC11 e XPML11). Na análise, o BTG destaque que os dados de dividendos e precificação, atualmente o segmento negocia, em média, com dividend yield LTM de 9,0% e desconto de 5% sobre o valor patrimonial, em linha com a média histórica. Já em termos de vacância, os fundos encerraram março com aproximadamente 5,7% de área vaga (vs. 5,9% em março 2023), mas acima da média da indústria de shopping centers de 5,2%, segundo os dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
Em relação à taxa de inadimplência líquida dos fundos, o 1T24 fechou em 4,0%, abaixo do valor registrado no mesmo período de 2023, de 4,6%, com tendência de queda desde a pandemia. No que se refere às vendas/m², os fundos apresentaram crescimento de 11,4% no 1T24 vs. 1T23. Segundo os analistas isso se deve à base de cálculo mais favorável por conta do feriado da Páscoa em março, que no ano passado ocorreu em abril, gerando um descasamento na comparação entre os anos.
Contudo, possivelmente os fundos irão apresentar números menos favoráveis de vendas em abril, com efeitos no 2T24; e também devido a boa performance dos shopping centers, revelando maior defensividade nas vendas do varejo mesmo no cenário macroeconômico mais desafiador, respaldado pelo crescimento de venda mesma loja (SSS) de 6,5%.
“Além disso, destaca-se o crescimento do aluguel da mesma loja (SSR) de 3,0%, apesar do IGP-M negativo. Na ponta final, os fundos registraram, na média, crescimento de 5,9% do NOI/m² no 1T24 ano/ano. Portanto, os fundos geraram resultados positivos no primeiro trimestre de 2024, apresentando métricas operacionais sólidas e crescimento de NOI/m².”
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