O Shareholder Advocacy, ou em tradução livre “Advocacia de Acionistas”, trata de uma prática na qual os acionistas de uma empresa exercem sua posição e influência alterar alguns temas na empresa. Ou seja, buscando influenciar as políticas e decisões corporativas, com o objetivo de promover mudanças que contribuam para a companhia e seus acionistas.

Em geral, envolvendo questões sociais, ambientais, de governança corporativa, bem como outras que vão além do retorno financeiro imediato. Assim, através da participação relevante na empresa a intuito é participar ativamente em assembleias e voto.

Como funciona o Shareholder Advocacy

Alguns aspectos importantes envolve o ativismo do acionista, pois ocorre a prática ativa na gestão da empresa. Apresentando propostas em assembleias gerais de acionistas, influenciando a escolha de diretores e pressionando políticas corporativas relacionadas com suas preocupações.

Os temas podem podem variar amplamente. Contudo, é crescente as questões como sustentabilidade ambiental, igualdade de gênero, práticas de trabalho justas, ética nos negócios e muito mais. Dessa forma, acionistas “ativistas” escolhem temas com base em suas opiniões e valores pessoais.

Em geral, investidores institucionais, como fundos de pensão e gestores de ativos, desempenham um papel importante no Shareholder Advocacy. Pois através dos fundos possuem grandes participações em várias empresas e, portanto, têm mais poder para influenciar mudanças. Afinal, os gestores representam seus cotistas nas assembleias das empresas.

Vantagens e desvantagens

Entre as principais vantagens, podemos citar que o Shareholder Advocacy pode ser uma ferramenta eficaz para promover mudanças positivas nas empresas e na sociedade. Por exemplo, a pressão por práticas ambientais responsáveis ​​pode contribuir para a sustentabilidade a longo prazo.

Além disso, podem promover o alinhamento de valores. Ou seja, permitindo que os investidores alinhem seus investimentos com seus valores pessoais e éticos. Dessa forma, melhorias na governança corporativa também pode ser outra consequência positiva, demandando da empresa maior responsabilidade perante os acionistas.

Por outro lado, a desvantagem pode vir do conflito de interesse. Isto é, acionistas ativistas e outros acionistas podem priorizar temas específicos e de interesse pessoal, por exemplo, pensando nos retornos financeiros imediatos.

O sucesso do ativismo nem sempre é garantido, e as empresas podem não adotar as mudanças desejadas pelos acionistas ativistas. Além disso, podendo demandar mudanças complexas e de alto custo elevando o risco institucional.

Em resumo, o Shareholder Advocacy é uma prática que permite que os acionistas usem sua influência para promover mudanças nas empresas que reflitam seus valores e preocupações. Desempenhando um papel importante em questões de sustentabilidade, responsabilidade social corporativa e governança. No entanto, como qualquer forma de ativismo, há desafios e incertezas associadas a essa abordagem.

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