Em razão das medidas de isolamento social para frear a disseminação do coronavírus, o setor de serviços na cidade de São Paulo registrou queda de 20,1% no faturamento real em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS). O faturamento do mês foi de R$ 27,5 bilhões, o que representa R$ 6,9 bilhões a menos do que o registrado no mesmo período em 2019. No acumulado do ano, o recuo foi de -6,4%. Em contrapartida, nos últimos 12 meses, o balanço ainda está positivo (5,9%), com a contagem dos meses anteriores à quarentena.

De acordo com a FecomercioSP, mesmo com os esforços do Poder Público ao liberar crédito para os pequenos empresários; os estabelecimentos de serviços vêm sendo fortemente impactados pela atual crise gerada pela pandemia.

As empresas de Turismo, Hospedagem, Eventos e Assemelhados foram as que registraram o pior desempenho, com queda de 87,1% em suas receitas no comparativo com o mesmo mês de 2019. O segmento apresentou um faturamento de R$ 698 milhões inferior ao que foi registrado em maio do ano passado. Em relação ao acumulado no ano, a atividade sofreu queda de 40,8%. Em números absolutos, significa uma perda de 1,6 bilhão. Muitas empresas cancelaram eventos e reuniões presenciais, afetando diretamente o setor na cidade de São Paulo, que é reconhecido pelo turismo de negócios.

Na sequência, estão as micros e as pequenas empresas de serviços, enquadradas no regime do Simples Nacional na capital; que registrou baixa de 63,6% nas suas receitas, na comparação com maio do ano passado, perda de R$ 2,8 bilhões. No que tange ao acumulado no ano, as empresas desse regime tributário registraram queda de 37,8%, com perda de R$ 7,9 bilhões. Mesmo com a retomada das atividades, grande parte dos bares e restaurantes estão nesse grupo e, mesmo com a realização de entregas por delivery, não conseguiram manter suas receitas nos mesmos patamares.

A Entidade recomenda que os empreendedores tenham um planejamento financeiro estruturado nessa retomada gradual das atividades; se mantenham mais próximos dos clientes e informem sobre novos serviços, promoções e os protocolos sanitários que estão implantando; para que os consumidores se sintam seguros em contratar e/ou comprar. A integração da atividade do estabelecimento físico a uma plataforma digital, como por exemplo, os aplicativos de entrega, é uma tendência que veio para ficar.

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