O setor público consolidado registrou, em fevereiro de 2022, superávit primário de R$ 3,5 bilhões, ante déficit primário de R$ 11,8 bilhões em fevereiro de 2021, segundo dados do Banco Central (BC). No Governo Central houve déficit de R$ 19,2 bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais registraram, na ordem, superávits de R$ 20,2 bilhões e R$ 2,5 bilhões no mês. Nos doze meses encerrados em fevereiro, o superávit primário do setor público consolidado atingiu R$ 123,4 bilhões, equivalente a 1,40% do PIB.

Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$ 26,0 bilhões em fevereiro de 2022, comparados a R$ 29,2 bilhões em fevereiro de 2021. No acumulado em doze meses, os juros nominais somam R$ 422,5 bilhões (4,78% do PIB) em fevereiro de 2022, comparativamente a R$ 316,5 bilhões (4,18% do PIB) nos doze meses até fevereiro de 2021.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 22,5 bilhões em fevereiro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 299,1 bilhões (3,38% do PIB), ante déficit nominal de R$ 317,5 bilhões (3,62% do PIB) em janeiro de 2022.

Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)

A DLSP atingiu 57,1% do PIB (R$5,0 trilhões) em fevereiro, elevando-se 0,4 p.p. do PIB no mês. Esse resultado refletiu, sobretudo, os impactos da valorização cambial de 4,1% (aumento de 0,6 p.p.), dos juros nominais apropriados (aumento de 0,3 p.p.), e do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.). No ano, houve redução de 0,2 p.p. na relação DLSP/PIB, influenciada pelo superávit primário acumulado (redução de 1,2 p.p.), pelo crescimento do PIB nominal (redução de 1,1 p.p.), pelo efeito da valorização cambial acumulada de 7,9% (aumento de 1,3 p.p.), pelos juros nominais apropriados (aumento de 0,5 p.p.) e pelo efeito da variação da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida (aumento de 0,4 p.p.).

A DBGG – que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 79,2% do PIB (R$7,0 trilhões) em fevereiro de 2022, redução de 0,4 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Essa evolução no mês decorreu, principalmente, do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,7 p.p.), do efeito da valorização cambial (redução de 0,2 p.p.), dos resgates líquidos de dívida (redução de 0,1 p.p.), e dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.). No acumulado no ano, a redução de 1,1 p.p. decorreu do crescimento do PIB nominal (redução de 1,5 p.p.), dos resgates líquidos de dívida (redução de 0,5 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada (redução de 0,4 p.p.) e dos juros nominais apropriados (aumento de 1,3 p.p.).

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