Varejo armazena déficit de R$ 873,4 bilhões durante a pandemia, calcula CNC

Desde o início da pandemia, em 2020, um dos setores mais atingidos é o comércio varejista. De fevereiro de 2020 até maio deste ano, os dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apresentaram uma perda de R$ 873,4 bilhões.

De acordo com Fabio Bentes, economista da CNC, a exceção está entre os segmentos de supermercados, bebidas e produtos alimentícios, que avançaram nesse período. Ao contrário dos segmentos como vestuários, calçados, tecidos e equipamentos, os quais foram fortemente afetados.

Endividamento e previsão do comércio varejista

A propósito, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima um acréscimo significativo no setor do varejo, com a maior taxa nos últimos 9 anos, uma alta de 4,5%. No entanto, Fabio Bentes ressalta que é um parâmetro mais baixo do que o normal.

Desse modo, a Delloite, líder global na prestação de serviços, prevê um cenário econômico positivo. Até outubro, com o avanço das vacinas contra a Covid-19 e o retorno de diversas atividades. Portanto, os segmentos do turismo e eventos, por exemplo, devem retornar lentamente. Posto que, há uma demanda reprimida do setor.

No entanto, o economista-chefe da Deloitte, Giovanni Cordeiro, aponta para o prejuízo das empresas nesse período. “Só que o nível de endividamento de várias empresas cresceu”, ressalta.

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O Banco de Compensações Internacionais (BIS) estima que as empresas que foram afetadas fortemente pela crise, devem levar cerca de dois anos para pagar as dívidas acumuladas.

Para o BIS, as empresas brasileiras, para se desfazer dos débitos, terão que dedicar 45% do lucro líquido. Para isso, haverá uma movimentação dentro das companhias para se recuperarem.

Setor do varejo armazena déficit de R$ 873,4 bilhões durante a pandemia, revela CNC
Setor do comércio de varejo acumula perda na pandemia

Valorização do e-commerce

Em contrapartida, o ano de 2020 revolucionou os hábitos, fazendo com que as empresas se reinventassem. Desse modo, o setor do e-commerce obteve uma valorização abundante nesse período, com vendas que registraram 73,88% de aumento.

Para o economista do Itaú Unibanco, Pedro Renault, a presença marcante do e-commerce permanece valorizada após a pandemia. As vendas online estimularam o setor de logística, que antes atuavam em grandes centros de distribuição em galpões, agora, investem no ‘last mile’ – entrega do produto na porta do cliente.

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