Os resultados financeiros do setor de varejo no Brasil em 2024 trouxeram um sopro de esperança para os investidores, pois as vendas superaram os níveis pré-pandemia durante a Black Friday, conforme dados revelados em um relatório recente. A recuperação, no entanto, esconde desafios significativos que persiste em um cenário econômico incerto. Apesar de um desempenho robusto, as taxas de juros continuam elevadas, com a expectativa de aumento, o que pode influenciar decisões de investimento nas ações desse setor.
De acordo com a análise do BTG Pactual, a recuperação dos varejistas será afetada por diversas variáveis, incluindo a inflação, a valorização do real, e a iminente Reforma Tributária que pode impactar diretamente a estrutura de custos das empresas. Essas incertezas têm levado muitos investidores a questionar quais ações deveriam ser incluídas em suas carteiras neste ano.
O cenário atual
Embora as vendas tenham mostrado sinais de força, o BTG Pactual ressalta que as altas taxas de juros são um risco constante. O aumento no custo de financiamento poderá limitar o crescimento e a lucratividade das empresas. Nesta linha, os analistas recomendam que os investidores busquem ações de empresas que apresentem baixa alavancagem e eficiência operacional robusta.
Ações recomendadas para 2025
Em um contexto mais otimista, o banco destacou ações como do Mercado Livre (MELI34), Grupo Mateus (GMAT3), Smartfit (SMFT3) e Vivara (VIVA3) como as “top picks” para 2025. Essas empresas têm potencial para se destacar no mercado, dada sua estrutura financeira mais sólida e capacidade de adaptação às condições adversas. No entanto, as ações da Petz (PETZ3) sofreram uma revisão de recomendação, passando de “compra” para “neutra”, refletindo um cenário desafiador para o segmento em que operam.
Impacto dos custos e consumo nas empresas
A relação entre o endividamento das famílias e a oferta de crédito também influencia diretamente nas vendas do varejo. Com as despesas elevadas, o poder de compra do consumidor poderá diminuir, afetando o consumo no médio prazo, segundo a análise do BTG. Isso faz com que ações de empresas que dependem de consumidores com elevado endividamento possam ter dificuldades em manter um crescimento sustentável.
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Por fim, as perspectivas para o setor de e-commerce são moderadas, especialmente com a concorrência crescente de varejistas internacionais. O BTG vê a necessidade de um planejamento estratégico sólido por parte das empresas para navegar por esse cenário exigente e volátil.
Investidores que estão de olho no setor de varejo devem, portanto, permanecer atentos às mudanças econômicas e políticas enquanto avaliam as melhores oportunidades e riscos potenciais associados a suas escolhas de investimentos.
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