Novo marco legal deve reduzir barreiras à concorrência e estimular o ingresso de capital privado. Apesar de pontos críticos ainda não solucionados, os analistas da BB Investimentos enxergam pontos positivos às empresas listadas do setor de saneamento.
A situação do saneamento básico no Brasil insiste em permanecer estagnada. Não apenas a qualidade dos projetos, mas também a capacidade de investimentos no setor por parte de agentes públicos se mostra insuficiente. Este direito assegurado constitucionalmente ao cidadão brasileiro, custa a evoluir em nosso país. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS) de 2017, 17% da população residente em domicílios ainda não possui acesso a água tratada via redes de abastecimento. Ainda que 97% da população seja contemplada com água se consideradas outras fontes como poços e nascentes, na maioria das vezes sem tratamento.
A nova era…
Segundo BB Investimentos, diante deste novo movimento, o setor de saneamento se prepara para vivenciar uma nova era no Brasil, com a iminente aprovação de seu novo marco legal. Enquanto o Projeto de Lei 3261 tramita na Câmara dos Deputados, agentes públicos e privados já se antecipam às melhorias propostas pela relatoria. Que incluem projetos de melhor qualidade, unicidade regulatória e maior facilidade de acesso de investimento privado.
Embora com várias questões fundamentais pacificadas, existem temas controversos. Como a formação de blocos e os contratos de programa, que não estão completamente solucionados, estando em estudo pela relatoria na atual etapa de audiências públicas.
Apesar das questões ainda não endereçadas, os analistas da BB Investimentos estimam impacto positivo às empresas do setor. Pois se beneficiariam dos estímulos de maneira geral, tendo ainda possibilidade de privatizações, que melhorariam a governança e a eficiência.
Os analistas Rafael Reis e Rafael Dias da BB Investimentos realizaram um panorama completo para o setor com projeções e possíveis reflexos para as empresas ligadas ao movimento.
