E agora, meu filho mal sabe falar e já me pede tantas coisas. Uma simples ida ao shopping é motivo de birra e malcriação quando o pedido da criança não é atendido. Quem nunca passou por uma situação desta que atire a primeira pedra …
Tendo em vista que a nossa geração não teve a chance de aprender noções básicas de Educação Financeira na infância, é natural que agora que somos adultos não saibamos ao certo como falar sobre dinheiro com as nossas crianças.
Os filhos aprendem muito com as atitudes, comportamentos e exemplos dos pais. Portanto devemos observar como agimos e administramos nosso próprio dinheiro, pois de nada adianta termos um bom discurso sobre ele, se não temos controle dos nossos próprios gastos. Por isso, o ideal é que o quanto mais cedo as crianças tiverem contato com o universo do dinheiro mais fácil será o processo de Educação Financeira na primeira infância.
Entre 2 e 3 anos de idade a criança já consegue assimilar noções básicas sobre elementos que remetem à figura do dinheiro, como moedas e cofrinhos. Também nessa idade o ideal é que sejam introduzidas atividades lúdicas que ensinem ideias de quantidade, comparação, acréscimo e diminuição. Um exercício simples que ficará no inconsciente dos pequenos é o ato de encaixar a moeda num cofrinho. Ao repetir esse ato diversas vezes, você estará registrando na cabeça do seu filho que ele deve guardar a moeda, proteger, acumular, poupar. Após a criança já estar familiarizada com o processo de guardar a moeda no cofrinho, é bom incentivá-las a abrir o cofrinho e separar as moedas por grupo ou tamanho. Assim ela começará a ter noções básicas de matemática.
Crianças com mais idade, a partir dos 5 anos já conseguem lidar melhor com o dinheiro, já conseguem realizar algumas operações matemáticas como somar e subtrair. Sendo assim estimule o seu filho a lidar com o troco quando for comprar o lanche na cantina da escola, ou a pipoca no cinema.
Com o passar do tempo a criança já vai estar familiarizada com o valor do dinheiro. Ela já saberá cuidar do seu cofrinho e passar a depositar as moedas lá dentro num ato de poupar. Porém é importante estabelecer, na cabeça da criança, uma associação entre o ato de juntar as moedas e a conquista de algum objetivo concreto – chamado de sonhos.
“Estimulando a criança a sonhar desde cedo e mostrando que ela pode alcançar o que deseja, você estará colaborando para a formação de alguém que, ao se tornar adulto, continuará exercendo o bom hábito de sonhar e também a ação positiva de poupar”. Reinaldo Domingos – Ph.D. em Educação Financeira.
A Educação Financeira na infância será uma aliada da criança em seu processo de desenvolvimento. Ela aprenderá a poupar para realizar seus sonhos, a economizar dentro de casa e a cuidar do seu próprio dinheiro sabendo fazer escolhas assertivas.
Mas lembre-se papai e mamãe, de nada adiantará se o seu exemplo não vier em primeiro lugar!
Não custa nada sonhar. Até breve!