Há várias
razões para se acreditar que a mudança de ciclo pecuário, em alguns aspectos,
já começou. Houve antecipações de abates, o que justifica a forte matança nos
dois primeiros meses do ano e, também, agora, em abril. O bezerro começou a
valorizar, e o boi magro, frente ao contrato na B3 dentro de três meses,
também. Sobre os dados citados, os abordei com base em informações do abate SIF.
As cotações do mercado físico do boi, os leilões de gado para cria, recria e
engorda e, também, um estudo muito interessante do Cepea.

Começo pelos
dados do Cepea, pois trazem uma visão sobre a produção pecuária brasileira. Os
pesquisadores identificaram que os preços do boi
magro e os ajustes do contrato Julho/24 negociado na B3 (distante três meses,
período de um ciclo de confinamento) aponta para cenário relevante para
aquisição de animais desta categoria.

Confinamento

Por
falar em confinamento, é exatamente o boi magro elemento de maior peso no
investimento para este tipo de engorda e/ou terminação. Participa entre 60% e
70%. Outros elementos da composição de confinadores são o milho e farelo de
soja, os mais tradicionais de animais no cocho, entre outros.

Entretanto,
por qual motivo comecei o texto falando que devemos ter iniciado a mudança de
ciclo? É apenas uma percepção, mas baseada no preço dos bezerros que estão se
elevando em comparação aos últimos anos. O grande abate antecipado de fêmeas
que faz com que arroba do boi gordo fique mais competitiva.

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte