Bolsa brasileira permanece estável após a votação do arcabouço fiscal na Câmara
As bolsas norte-americanas encerraram a semana com as empresas techs liderando as altas, após ata do FED ter mostrado que a autoridade está preocupada com o aperto no crédito e, portanto, o juros terminal poderia ser mais baixo.
No entanto, as incertezas sobre aumento de teto da dívida do governo norte-americano e perspectiva negativa de rating pela Fitch trouxeram volatilidade e frearam a Dow Jones. No país, os índices de atividade manufatureira ficaram em 48,5 pontos no mês de maio, abaixo dos 50 pts, considerado a linha de expansão e retração do índice.
O Produto Interno Bruto (PIB) 1T23 subiu 1,3% ante a expectativa de 1,1%, puxado pelos gastos pessoais e do governo, mas impactado pelo recuo dos investimentos e menores exportações. A inflação nos EUA em abril subiu 0,4%, dentro do esperado. No entanto, na comparação anual subiu para 4,4%, contra 4,2% anteriormente. Na Europa, os índices de atividades econômicas tiveram leituras mistas.
Cenário Local
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O Ibovespa terminou a semana perto da estabilidade com a aprovação de arcabouço pela Câmara, incertezas do exterior, assim como a pressão sobre as empresas de siderurgia, mineração e de proteínas, após o decreto de emergência zoo sanitária no Brasil.
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Além disso, o IPCA-15 de maio subiu 0,51%, abaixo do consenso de 0,61%. Os setores de transportes e artigos de residência puxaram para baixo com deflações, mas os dados de alimentação e cuidados pessoais pressionaram trouxeram para cima o indicador.
Ibovespa terminou a semana em alta de 0,15% à 110.906 pontos, a forte volatilidade no mercado internacional se estendeu para o Ibovespa, que apresentou sessões mistas ao longo dos dias. O destaque positivo foi para Alpargatas (ALPA4) com mais de 16% de alta, depois que anunciou oferta pública para comprar até 32 milhões de ações. As companhias aéreas se beneficiaram em meio à uma aprovação pelo senado da MP 1.147/2022 que isenta as cias do pagamento de PIS/COFINS até 2026.
A Cielo (CIEL3) liderou as baixas refletindo um aumento das incertezas sobre a companhia, com renúncia do CEO na última quinta-feira. Assim como, os frigoríficos também foram destaque de queda, após o Ministério da agriculta e pecuária declarar estado de emergência zoo sanitária por conta de casos de gripe aviária em aves silvestres e a volta da preocupação de uma nova onda de Covid na China, que poderia comprometer a exportação de proteínas.
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Fluxo estrangeiro
O fluxo estrangeiro para a bolsa no mês de maio, considerando dados até o dia 25/05, está de saída de -R$ 2,15 bilhões e no ano, entrada de R$ 9,01 bi. Os últimos 10 pregões foram de saída de -R$ 886,17 mi, sendo 5 positivos e 5 negativos.
Confira o comentário técnico por Gilberto Coelho Jr.
O IBOV vai se mantendo em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias, mas esbarrou numa resistência nos 111.700. Acima dos 111.700 teria projeções em 114.800 ou 120.000. O sinal de realização seria retomado com a perda dos 108.500 mirando suportes em 104.400 ou 101.000.
O SP500 está congestionado entre o suporte em 4.098 e a resistência em 4.215, um fechamento acima da resistência projetaria de 4.330 a 4.400. Já uma perda dos 4.098 abriria espaço para teste da suportes em 4.050 ou 3.970 na média de 200 dias.
O DOLM23 fechou levemente acima da média de 21 dias, mas perdeu os 5.015, o que não confirma a retomada da tendência de alta. Uma perda dos 4.982 projetaria teste dos 4.940 ou 4.900. O sinal de alta ganharia força com a superação dos 5.050 mirando resistências em 5.123 ou 5.177.
Juros
A curva de juros recuou em toda sua extensão com votação de arcabouço fiscal passando em plena maioria na Câmara. No mais, o IPCA-15 abaixo do esperado fez a expectativas de inflação recuarem ajudando a aliviar a curva dos juros.
Câmbio e Commodities
O real teve leve valorização perante o dólar com notícias de acordo do teto de dívida nos EUA.
As commodities tiveram recuos nas agrícolas e metálicas com demanda de chinesa menor do que a expectativa, já o barril de petróleo subiu corrigindo as sucessivas baixas das semanas anteriores.
Renda Fixa
As taxas de renda fixa recuaram com as expectativas de queda de juros aumentado no mercado, após alívio das expectativas de inflação.
Perspectivas para a semana
A semana terá como principal indicador macro local o PIB do 1T23 e a votação dos destaques do arcabouço fiscal. No lado externo, acordo no teto de dívida nos EUA trará alívio nos mercados globais a partir de terça-feira, sendo que hoje é feriado do memorial day nos EUA.
No mais, o FED se pronunciará ao longo da semana e ainda teremos o payroll dos Estados Unidos. Por fim, a inflação ao consumidor e taxa de desemprego sairão na Europa e na China, serão divulgados dados da atividade econômica, os quais poderão causar oscilações nas commodities.
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