Petrobras e Braskem são destaques na semana com altas de 2,29% e 8,20%, respectivamente

Na última semana, o Ibovespa encerrou no campo negativo, em semana de baixa liquidez e mantendo a lateralização dos 115 -118 mil pontos pela quarta semana consecutiva. 

Além disso, com o barril de petróleo e gás subindo, as preocupações com a inflação e expectativas de juros em patamares elevados por mais tempo ficaram mais evidentes. Na Europa, o PIB da zona do euro teve crescimento abaixo das expectativas em +0,1% no 2T23, contra +0,3% esperado.

Na China, as exportações e importações recuaram menos do que o esperado em agosto, apresentando melhora em relação a julho.

Fonte: Investing

Cenário Local

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A Produção Industrial, no Brasil, recuou 0,6% em julho e acumulando -0,4% na comparação anual. O IGP-DI subiu 0,05% em agosto, também abaixo das expectativas de 0,14%.

No cenário local, a semana que passou foi marcada por uma redução na liquidez e culminou com o Ibovespa registrando uma queda de -2,19%, fechando aos 115.313 pontos. Isso se deveu à pausa nas atividades da Bolsa de Valores americana na segunda-feira, em virtude do Dia do Trabalho, e ao feriado da Bolsa brasileira na quinta-feira, por ocasião do Dia da Independência. 

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Esses eventos impactaram o volume de negociações na B3, forçando investidores a adotar estratégias defensivas para lidar com esses dois dias “incompletos”, em que apenas São Paulo ou Nova York estiveram em operação. 

O tema dominante ao longo da semana foi a preocupação com o equilíbrio das finanças públicas. Enquanto o mercado dava sinais de preferência por ajustes no lado das despesas, o governo sinalizava, já na segunda-feira, a possibilidade de antecipar receitas do pré-sal para cumprir a meta de déficit zero em 2024. Mesmo em uma semana relativamente esvaziada, essa preocupação não saiu do foco.

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Fonte: B3

No âmbito corporativo, o destaque da semana ficou por conta das empresas ligadas ao setor de commodities, especialmente o petróleo. Entre os maiores ganhos da semana, merece destaque o desempenho positivo da Petrobras, refletindo a notável alta nos preços do petróleo Brent no cenário internacional. 

Outra empresa que se destacou foi a Braskem, registrando uma valorização devido ao anúncio da emissão de títulos de dívida no exterior, que atraiu uma demanda significativamente superior ao montante captado. Esse fato reforça a boa percepção do mercado internacional em relação à empresa. 

Por outro lado, empresas ligadas ao ciclo econômico lideraram as perdas da semana, com a Magazine Luiza se destacando negativamente ao registrar uma queda de 12%. Além disso, o setor bancário enfrentou desafios com a aprovação do Programa Desenrola e a imposição de limites no uso do rotativo do cartão de crédito, o que levou a um desempenho negativo devido à possibilidade de dificuldades na disponibilidade de crédito para as empresas. 

Fluxo estrangeiro

Após um agosto bem pesado de fluxo de saída de investidores estrangeiros da bolsa, o mês de setembro, com dados divulgados até 06/09, tem sido positivo com entrada de R$670,618 milhões e no ano fluxo positivo acumulado em R$11,591 bilhões. 

Confira o comentário técnico por Gilberto Coelho Jr. 

O IBOV fechou em queda pelo terceiro pregão seguido, com volume crescente e além de perder a média de 21 dias, ameaça a perda de um importante canal de alta. Um novo fechamento em baixa projetaria teste dos 114.000 ou 108.000 A tendência de alta seria retomada com um fechamento acima dos 118.840 projetando os 123.000 ou 130.000.

O SP500 completou  correção na direção da média de 21 dias trazendo indefinição para o curto prazo. Acima dos 4.466 favorece altas na direção dos 4.540 ou 4.600, por outro lado, um fechamento abaixo dos 4.426 traria sinal de baixa mirando os suportes em 4.334 ou 4.220. O IFR segue favorecendo baixas.

O dólar futuro fechou acima do canal de baixa e a mais um preção acima da média de 21 dias, sugerindo reversão da tendência de curto prazo para alta e acima dos 5.014 deve testar os 5.031 ou 5.200 em pullback na média de 200 dias. A tendência de baixa seria retomada com um fechamento abaixo dos 4.955 mirando suportes nos 4.860 ou 4.744.

Juros

A curva de juros teve nova alta na semana nos vencimentos mais longos, com os treasuries norte-americanos novamente influenciado. 

Câmbio e Commodities 

O dólar novamente teve semana de ganhos com investidores procurando a moeda, com os investidores procurando proteção após dados de PIB e nas principais economias do mundo estarem vindo mais fraco do que o esperado.

Com relação às commodities, depois da Rússia, Arábia Saudita também manteve o corte de 1M de barris, fazendo o barril de petróleo superar os USD 90,00 barril. 

Renda Fixa

As taxas de renda fixa voltaram a subir com abertura dos juros futuros. Títulos públicos voltaram a ficar atrativos e emissões de crédito privado com grandes empresas AAA no momento oferecendo retornos interessantes.

Perspectivas para a semana

Na semana, as atenções se voltarão para os dados de inflação no Brasil e EUA, além da decisão de juros no continente europeu.

Fonte: Investing

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