A semana chega ao fim com movimentos significativos no cenário econômico brasileiro. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) surpreendeu o mercado ao elevar a Selic em +1,00 p.p., fixando-a em 12,25%. Esse ajuste encerra o ano em ritmo acelerado, contrastando com as decisões mais comedidas do passado. Além disso, o Banco Central já sinalizou mais dois aumentos do mesmo porte para 2025. O objetivo declarado é estabilizar o dólar e alinhar a inflação à meta.

Essa postura trouxe maior credibilidade ao Banco Central e ao novo presidente, Gabriel Galípolo, ainda que as projeções para o Brasil indiquem desafios à frente. Enquanto o mundo segue rumo à queda de juros, o país permanece em um ciclo de alta, com estimativas de Selic na casa dos 15% a 16% em 2025 – patamar que gera preocupações. Em termos reais, o juro terminal brasileiro se aproxima de 9%, o que sufoca empresas com custo de crédito em torno de IPCA +11%. Esse cenário desestimula investimentos e inovações, especialmente porque a iniciativa privada, que representa um volume de investimentos 10 vezes maior que o governo, recua.

Menos investimentos refletem diretamente em menor geração de empregos e aumento da inflação, gerando estagnação econômica. Como sempre digo: “Antes de melhorar, vai piorar.” E fica a reflexão: quando foi a última vez que você ouviu falar de uma empresa anunciando grandes investimentos no Brasil?

Enquanto isso, no mundo…

Após um período de políticas monetárias voláteis, as economias desenvolvidas iniciaram ciclos de corte de juros. Nos Estados Unidos, a economia segue em crescimento, impulsionada por um mercado de trabalho aquecido e consumidores financeiramente saudáveis. O governo Trump fortalece a economia com políticas favoráveis, como cortes de impostos corporativos e incentivos comerciais, mantendo o dólar em alta no mercado internacional.

Na Europa, a situação é mais delicada. A Zona do Euro enfrenta revisões negativas no PIB e riscos crescentes de desaceleração, agravados por choques tarifários vindos dos EUA. O Banco Central Europeu respondeu com um novo corte na taxa de juros, que agora está em 3% ao ano, buscando estimular o consumo e os investimentos.

Já na China, o foco permanece no crescimento econômico. O governo anunciou um pacote de estímulos de RMB 10 trilhões (US$ 1,4 trilhão), priorizando o setor imobiliário e a recuperação da demanda doméstica. Apesar disso, incertezas permanecem, especialmente diante de possíveis tarifas comerciais vindas do Ocidente, o que pode limitar a recuperação. Com isso, há uma estimativa que a economia chinesa aumente o seu déficit orçamentário, emitindo mais dívidas e reduzindo o juros para manter uma taxa de crescimento estável. A projeção de crescimento é de 4,8% para 2024 e 4,5% para 2025.

Estratégias de alocação no cenário atual

Segundo a Unifique Invest, o Brasil em meio ao seu atual quadro fiscal desafiador e os juros altos criam um ambiente favorável para investimentos em renda-fixa.

  • Pós-fixados: Produtos indexados ao CDI com taxas atrativas, alcançando até 110% do CDI líquido, são ideais para horizontes de curto e médio prazo.
  • IPCA+: Apesar da volatilidade, os rendimentos são historicamente vantajosos. Nesta semana, a Unifique Invest destacou oportunidades em CRIs e CRAs com IPCA +9,84%, isentos de IR.
  • Pré-fixados: Papéis como CDBs oferecem rendimentos superiores a 15,45%, também isentos de IR, com destaque para CPs que ultrapassam os 15% de retorno.

No âmbito da renda variável, o mercado brasileiro permanece descontado, apresentando boas oportunidades em setores estratégicos, mesmo com a volatilidade atual.

Para proteger seu patrimônio e aproveitar as oportunidades, a Unifique Invest está à disposição para orientá-lo com estratégias personalizadas e alinhadas ao cenário econômico. Conte comigo, conte com a Unifique Invest.

Conteúdo produzido por: Ronaldo Escudeiro – Sócio, assessor e economista da Unifique Invest | BTG Pactual.

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