Em decisão nesta quarta-feira (6), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic em 50 pontos-base, para 11,25% ao ano. A decisão foi unânime.

O BC afirmou que ajustes futuros e a magnitude total do ciclo de aperto serão ditados pelo compromisso de convergência da inflação à meta.

A decisão já era esperada pelo mercado financeiro. No comunicado, a autarquia pontuou que tem acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros.

“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz o BC.

Analistas comentam decisão do Banco Central sobre Selic

Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais, acredita que as próximas reuniões devem vir com um tom de cautela, provavelmente com mais uma alta.

“A Bolsa amanhã deve abrir com a ressaca do Copom, do dólar, e com as incertezas no nosso fiscal, e com a expectativa da decisão do FED, então o dia pedirá cautela, pois o mar vai estar agitado de volatilidade”, afirmou.

Natalie Victal, economista chefe da SulAmérica Investimentos, afirmou que a grande dúvida residia na sinalização quanto aos passos futuros de política monetária e quanto à Selic Terminal.

“A gente achava que era importante o Banco Central manter essa dependência dos dados por causa da grande incerteza do cenário com toda a questão relacionada à eleição dos Estados Unidos e a incerteza em torno do pacote fiscal. Nós temos visto os ativos brasileiros bem estressados, com bastante prêmio de risco, e uma eventual percepção de leniência com a inflação por parte do Banco Central poderia aumentar ainda mais esse prêmio de risco”, disse Victal.

Publicidade

Onde investir neste fim de ano?

Veja as recomendações de diversos analistas em um só lugar.