Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda — Foto: Washington Costa/MF

A economia brasileira está passando por uma desaceleração, conforme percepção do governo, disse o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, nesta segunda-feira (17).

O executivo também afirmou ser natural que 2025 tenha um crescimento um pouco inferior do que foi registrado nos dois anos anteriores.

Além disso, Durigan também indicou que a política monetária, com o BC (Banco Central) atualmente em um ciclo de alta nos juros, é um fator importante e desafiador para o crescimento econômico. 

O secretário da Fazenda fez as declarações durante um evento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), em São Paulo.

“A gente já tem percebido uma desaceleração da economia, os dados do Caged do fim do ano, alguns dados de janeiro e de fevereiro têm apontado para isso. É natural que 2025 tenha um crescimento um pouco inferior ao que a gente viu nos dois anos anteriores”, disse.

Autoridades da equipe econômica do governo estão vendo uma desaceleração da atividade como fator importante para um arrefecimento da inflação, o que poderia levar o BC a afrouxar os juros básicos.

A necessidade de ter “mais calmaria” no câmbio e nas expectativas de mercado são os desafios para este ano, ressaltou Durigan.

Além disso, o secretário da Fazenda também reiterou que o governo vem promovendo um ajuste fiscal e seguirá atuando para que chegue ao fim do atual mandato, em 2026, com grau de investimento em agências de classificação de risco e com superávit primário nas contas públicas.

Fazenda vê alívio na dívida pública com avanços da agenda fiscal 

A avaliação recente da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda é que o processo de consolidação fiscal do Brasil teve avanços importantes, o que abre um cenário favorável à gestão da DPF (Dívida Pública Federal). 

Isso permitirá que o Tesouro Nacional execute sua estratégia de financiamento em linha com as diretrizes de melhora na composição dívida e alongamento de prazos já a partir de 2025.

Essa conclusão consta no documento “2024 em retrospectiva e o que esperar de 2025”, publicado pela Fazenda nesta quinta-feira (13).

As condições macrofiscais mais favoráveis ao crescimento econômico e consolidação fiscal é o que vai influenciar a convergência da composição e estrutura de vencimentos aos limites desejados no longo prazo, disse o órgão da Fazenda.

O documento diz ainda que a expectativa de avanços na nota de crédito do País deve se apoiar nos esforços de consolidação fiscal e nas reformas em curso voltadas ao crescimento econômico, segundo o “Estadão”.

“Esses fatores são cruciais para o avanço da gestão da DPF, especialmente na melhora de sua composição, com o objetivo de reduzir a exposição a juros flutuantes e ampliar a fatia de dívida com taxas prefixadas, a ser alcançada gradualmente no médio prazo”, diz a nota.

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