A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) está acompanhando com atenção as notícias sobre os casos de influenza aviária de alta patogenicidade (HPAI) H5N1 registrados nos Estados Unidos. Até o dia 16 de abril, o Laboratório de Serviços Veterinários Nacionais do USDA confirmou H5N1 em 28 rebanhos de gado leiteiro em oito estados.O chefe do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Seapi, Fernando Henrique Sauter Groff, admite que a influenza aviária de alta patogenicidade é uma doença emergente entre bovinos e diz que os técnicos do USDA estão trabalhando para compreender os fatores de risco associados a este vírus, rotas de transmissão e patogenicidade em bovinos. “Eles ainda estão tentando entender como o vírus chegou no gado leiteiro. A propagação do vírus H5N1 dentro e entre rebanhos mostra que a transmissão de bovino para bovino ocorre, provavelmente, por meios mecânicos”, declara.Groff diz que as agências estaduais e federais estão fazendo testes adicionais para o H5N, incluindo o sequenciamento viral do genoma para fornecer uma melhor compreensão da situação para caracterizar os vírus H5N1 associados com essas detecções, bem como com outros componentes multifatoriais do evento da doença em bovinos leiteiros. Os dados genéticos e epidemiológicos indicam alguns casos de propagação de laticínios para laticínios e de instalações de laticínios para aviários.O USDA confirmou que o vírus é eliminado no leite em altas concentrações; portanto, qualquer coisa que entre em contato com leite não pasteurizado, leite derramado etc. pode espalhar o vírus incluindo humanos, outros animais, veículos e outros objetos ou materiais. Groff lembra que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos está recomendando que os produtores de laticínios e de aves devem redobrar os esforços de biossegurança e estar vigilantes sobre monitoramento e controle de doenças em seus rebanhos e rebanhos.“Os produtores ainda devem fazer o monitoramento de animais doentes, minimizar a movimentação do gado e fazer testes pré-movimento, além de limitar a circulação de veículos e visitantes dentro e fora das instalações de pecuária e aves”, completa o chefe da DDA.Preocupação – Nesta quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou “enorme preocupação” com a crescente propagação da cepa H5N1 da gripe aviária para outras espécies, incluindo o ser humano. “Isto continua sendo, acredito, uma enorme preocupação”, declarou Jeremy Farrar, diretor científico da agência de saúde da ONU.A principal inquietação é que o vírus H5N1, que tem uma taxa de mortalidade extraordinariamente elevada entre as pessoas infectadas por contato com animais, está se adaptando para a transmissão entre humanos. Segundo o cientista da OMS, a cepa A (H5N1) virou uma pandemia zoonótica animal global.Para Farrar, a “grande preocupação é que, ao infectar patos e galinhas, e cada vez mais mamíferos, este vírus evolua e depois desenvolva a capacidade de passar de humano para humano. Um caso que gerou preocupação foi o anúncio no início de abril da detecção de um caso de gripe aviária em uma pessoa infectada por uma vaca leiteira no Texas, Estados Unidos. “Quando chega à população de mamíferos, está se aproximando dos humanos”, disse Farrar. “É realmente preocupante”, concluiu.

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