Caro Investidor!

Não desanime! Nada que um chá de alecrim e umas leituras agradáveis para dar uma melhorada no humor em tempos incertos. E se você está meio perdido no mundo dos investimentos e tem dinheiro, vale a pena dar uma verificada no universo dos ETFs de renda fixa. Embora a bolsa tenha fechado com alta de 4,86% em janeiro, a cautela é  a melhor amiga. Além disso, com a Selic em crescentes altas, a renda fixa segue no topo do portfólio dos mais ricos. 

Segundo o levantamento mensal da Smartbrain publicado no Valor Investe, na lista de ativos favoritos, quem dominou as preferências no mês passado foram os fundos de índices (ETFs), inclusive de renda fixa e do mercado internacional. O favorito foi o B5P211, o ETF que segue a variação do IMA-B5 P2, índice composto por uma carteira balanceada de títulos públicos indexados pela inflação (Tesouro IPCA+) com prazo inferior a 5 anos. Outro ETF que entrou na lista foi o DIVO11, que acompanha o IDIV, índice das melhores pagadoras de dividendos da B3. Mas duas ações da bolsa brasileira brilharam e entraram na seleção: Itaúsa (ITSA4) e Banco do Brasil (BBAS3). 

ETFs ou Tesouro Direto?

Os títulos Tesouro IPCA+ caíram no gosto dos brasileiros no ano passado por conta do rendimento ao longo do ano, que chegou a pagar IPCA mais quase 8% em alguns momentos. Mesmo sendo um investimento seguro, os ETFs de renda fixa de títulos atrelados à inflação também são uma boa opção.  

Conforme o Inteligência Financeira, os ETFs de títulos atrelados à inflação, o investidor consegue se proteger da alta dos preços e manter o poder de compra aplicado no fundo de índice escolhido. Eles trazem duas vantagens em relação à compra direta dos títulos do Tesouro. 

A primeira é a isenção do IOF nos primeiros 30 dias de investimento. “Para aquele investidor que quer comprar e vender, vender e comprar, o custo de trading é super importante. E essa vantagem de não ter o IOF é algo extremamente relevante neste caso”, disse  Renato Eid, superintendente de estratégias indexadas e investimento responsável da Itaú Asset ao Inteligência. A segunda vantagem do ETF de renda fixa é um Imposto de Renda menor no curto prazo, de 15% dos rendimentos na hora do resgate. No Tesouro, para chegar a essa alíquota, o investidor precisa esperar pelo menos dois anos com o título em mãos. 

E mais: com o ETF, o investidor não precisa se preocupar com o reinvestimento dos cupons, o que é necessário com os títulos Tesouro IPCA+. E, com o ETF, esse reinvestimento acontece sem a incidência de IR.

ETFs: ingresso no mercado internacional

Você sabia que os ETFs proporcionam uma maneira acessível e econômica de ingressar em mercados internacionais?  De acordo com João Gentina, especialista em investimentos no exterior na WIT Invest , “os ETFs contribuem para a diversificação do portfólio, pois possibilitam a aplicação em múltiplos ativos simultaneamente, como ações de diversas indústrias ou nações, sem a necessidade de adquirir cada um separadamente”.

E segundo ele,  isso minimiza o risco, uma vez que os resultados do portfólio não estão atrelados a um único ativo. “Para os investidores do Brasil, eles também dão acesso a mercados globais, auxiliando na proteção contra riscos locais, como as oscilações econômicas e cambiais”.

Confira o que diz o especialista:

Quais são os principais benefícios dos ETFs para brasileiros que desejam investir fora do país?

João Gentina- Os ETFs proporcionam uma maneira acessível e econômica de ingressar em mercados internacionais, auxiliam na diversificação do portfólio e na mitigação de riscos associados ao Brasil, como a perda de valor do real. Ademais, representam um método conveniente para aplicar em moedas estáveis, como o dólar.

Como a evolução dos ETFs no Brasil e no exterior está impactando a forma como os investidores diversificam suas carteiras?

JG- A atração dos ETFs possibilita aos investidores entrar em mercados internacionais e em setores inovadores de forma simples e econômica. No Brasil, o aumento na disponibilidade de ETFs torna a diversificação global mais acessível, enquanto fora do país, os ETFs continuam a investigar novos nichos, como inteligência artificial e sustentabilidade.

Segundo o portal Bora Investir, atualmente, existem cerca de 100 ETFs listados, que replicam 85 índices diferentes, inclusive internacionais, disponíveis para investimento na B3, além de 245 BDRs de ETFs, recibos que representam ETFs negociados em bolsas no exterior. Quais segmentos do mercado estão se destacando nos ETFs, como tecnologia, energia limpa, inteligência artificial?

JG- Os ETFs que se concentram em inteligência artificial, saúde e biotecnologia estão se destacando devido ao rápido avanço e enorme potencial nesses campos. No setor de inteligência artificial, empresas que trazem inovações e automação chamam a atenção de investidores que buscam se beneficiar das mudanças digitais. Por sua vez, os ETFs direcionados à saúde e biotecnologia se sobressaem devido ao aumento da demanda por novos tratamentos e terapias genéticas. Ademais, ETFs que aplicam recursos em mercados emergentes, como os da Ásia e da África, apresentam possibilidades de crescimento em economias que estão se desenvolvendo. Esses setores e regiões estão definindo o futuro dos investimentos, e os ETFs oferecem uma forma eficiente de explorar essas oportunidades.

(Fontes: Itaú Asset; Inteligência Financeira)