De olho no potencial de expansão da cadeia produtiva da juçara em São Paulo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está buscando ampliar o acesso dos extrativistas deste produto à Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio) no estado. Atualmente, o preço mínimo pago ao produtor está em R$ 3,24.
A produção regional de juçara encontra-se próxima de um amplo mercado consumidor e pode ser processada como polpa, bolos, pães, tortas, sorvetes, geleias, massas, temperos, sucos e outras bebidas. Assim como o açaí, fruto nativo do Norte brasileiro, a juçara é fonte de energia, atua como vasodilatador, tem ação anti-inflamatória e antioxidante, e fortalece o sistema imunológico. Além de rica em micronutrientes como o potássio, ferro, zinco, vitamina E, fibras e antocianina, tem efeito antioxidante e retarda o envelhecimento.
A juçara é uma palmeira nativa da Zona da Mata e, no estado de São Paulo, encontra-se nas regiões da Serra do Mar, arredores de Ubatuba, Vale do Ribeira e do Vale do Paraíba. Em geral, trata-se de áreas de fronteira entre zonas habitadas e a floresta, nas quais é comum a presença de pequenos extrativistas, indígenas e quilombolas. Estas comunidades estão atualmente em situação de vulnerabilidade social.
Dessa forma, a Conab espera incentivar o extrativismo consciente e aquecer as economias locais por meio do acesso desses produtores à PGPM-Bio. O número de beneficiários da política está em ascensão desde 2019, porém ainda há espaço de crescimento. É o que explica a superintendente da Conab em São Paulo, Renata Camargo. “Aqui existem diversas associações, cooperativas e extrativistas organizados, motivados e conscientes do desenvolvimento sustentável; queremos alcançar esses produtores regionais e fortalecer as economias locais por meio da PGPM-Bio”, afirma a superintendente.
PGPM-Bio – A política funciona da seguinte maneira: quando o produtor extrativista comprova a venda do seu produto por preço inferior ao mínimo fixado pelo Governo Federal, a Conab complementa o valor por meio de subvenção direta, pagando um bônus que visa à proteção do ganho mínimo do extrativista.
A PGPM-Bio tem como objetivo fomentar a proteção ao meio ambiente, contribuir com a redução do desmatamento e garantir renda às populações que possuem formas próprias de organização social, ou seja, aquelas comunidades que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição. Em 2021, a PGPM-Bio prevê orçamento de R$ 25 milhões para executar em subvenção direta paga a extrativistas de todo o Brasil.
Serviço:
Preço mínimo pago ao produtor de juçara: R$ 3,24
Atendimento ao extrativista: (11) 3264-4867 / [email protected]
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