São Martinho (SMTO3) apresentou resultados mistos no terceiro trimestre do ano-safra 2024/25, com bons números operacionais, apesar dos desafios setoriais, como queimadas que impactaram o processamento de cana. A produção de etanol de milho cresceu 29% a/a, compensando parte das perdas e elevando a produção total em 0,5% a/a.
A receita líquida alcançou R$ 1,845 bilhões (+14,7% a/a), enquanto o lucro bruto foi de R$ 451 milhões, refletindo uma margem bruta de 24,4%. O EBITDA ajustado subiu 50,4% a/a, alcançando R$ 1,058 bilhões. No entanto, o lucro líquido caiu 47% a/a para R$ 158 milhões, pressionado por custos e despesas mais altos, além do aumento da dívida líquida de R$ 3,3 bilhões para R$ 5,1 bilhões.
A continuidade da formação de estoques e uma estratégia de hedge bem-sucedida, com 31% da safra de 2025/26 fixada a R$ 2,556/ton, são pontos positivos. Apesar da recomendação de compra, a volatilidade no setor e o endividamento elevado pedem cautela. O preço-alvo é R$ 31,00, refletindo um potencial de valorização de 38,3%.
Embora a São Martinho enfrente pressões a curto prazo, especialmente devido às condições climáticas e alta de custos, fatores como a demanda crescente por etanol e a estabilização de preços do açúcar podem impulsionar uma recuperação futura. Acompanhamento atento das condições é recomendado.