A Santos Brasil (STBP3) anunciou uma redução de capital de R$ 1,6 bilhão, implicando um rendimento de cashback de 13%. A companhia visa otimizar a estrutura de capital sem afetar seu ciclo atual de crescimento e investimento.
Em relatório, o BTG Pactual afirmou que o mercado já estava ciente do balanço “conservador” da empresa, especialmente após o aumento significativo do EBITDA (lucro operacional) nos últimos anos. O banco também pontuou que, apesar do aumento do programa de capex da empresa em Santos, ela tem gradualmente reduzido o endividamento (levando a mais dividendos), apoiada por um forte FCF (fluxo de caixa livre na sigla em inglês).
No entanto, a casa explica que a magnitude e a velocidade da distribuição aos acionistas podem ser uma surpresa positiva para os investidores, sinalizando que a história de pagamento da Santos Brasil está se concretizando.
O BTG antecipa um forte crescimento do EBITDA em 2025 (+20%), impulsionado pelo potencial de novos aumentos de preços e volumes sustentados. O aumento significativo do EBITDA permitiu à Santos Brasil reduzir gradualmente a dívida (0,1x dívida líquida/EBITDA no primeiro trimestre, para 1,5x após a redução) apesar do capex adicional do Tecon Santos para preparar o terreno para o plano de expansão de capacidade.
“Embora o excesso de capital fosse esperado para ser distribuído por meio de dividendos mais altos nos próximos anos, a redução de capital de R$ 1,6 bilhão efetivamente alcançou esse objetivo de uma só vez”, afirma o banco. A medida deve levar a uma estrutura de capital mais equilibrada, potencialmente resultando em um menor custo médio ponderado de capital (WACC).