O salário mínimo em 2025 poderá ser de R$ 1.517 ao mês, representando um acréscimo de R$ 105 em relação ao piso atual de 2024, que é de R$ 1.412.
O reajuste está atrelado ao projeto de lei que integra o arcabouço fiscal (PL 4614/2024), parte do pacote de corte de gastos públicos enviado pelo governo ao Congresso Nacional.
Se aprovado, o projeto ajustará o cálculo do salário mínimo às regras do arcabouço fiscal, mantendo um aumento real, ou seja, acima da inflação. Atualmente, o arcabouço define uma faixa de crescimento real das despesas, que varia de 0,6% a 2,5% por ano.
Com base nessas diretrizes, o piso salarial subiria para R$ 1.517,34, valor que seria arredondado para R$ 1.517.
Valorização do salário mínimo
Desde 2023, a política de reajuste do salário mínimo utiliza uma fórmula que combina a inflação acumulada no ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
No caso de 2025, o cálculo considera o PIB de 2023, que registrou crescimento de 3,2%, e o INPC acumulado de 12 meses até novembro de 2024, que ficou em 4,84%, conforme dados divulgados pelo IBGE.
Seguindo essa metodologia, o reajuste do salário mínimo seria de 8,2%, elevando o piso para R$ 1.528, com um acréscimo de R$ 116 ao mês. Porém, a proposta do governo, que insere o piso no arcabouço fiscal, sugere um valor ligeiramente inferior, de R$ 1.517.
Impactos nos benefícios sociais
O reajuste do salário mínimo não se limita a beneficiar trabalhadores que recebem o piso, mas também reflete diretamente no aumento de diversos benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e os pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Além disso, o novo valor proposto supera o estimado no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que previa um piso de R$ 1.509 para 2025.