O açaí é um dos produtos florestais que recebeu atenção do Boletim da Sociobiodiversidade deste mês, ao lado do babaçu, cacau, pinhão e outros que constam da pauta da Política de Garantia de Preços Mínimos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). 

A publicação é produzida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e trata, entre outros, do mercado da produção, exportação e subvenções pagas pelo governo federal aos que vivem da coleta destes produtos. Desde o início das operações, ocorridas de 2009 a 2020, a PGPM-Bio  pagou subvenções de mais de R$ 95 milhões para milhares de extrativistas em todo o país.

A produção de açaí no Pará, estado que detém 95% da produção nacional, ocupa cerca de 200 mil hectares de área. O fruto, que é nativo das várzeas amazônicas, começa a safra neste mês, com finalização em dezembro. No ano passado, o açaí teve um bom posicionamento em termos de exportação, fato aguardado também para este ano. Essa posição, de acordo com o boletim, pode ser explicada pela conquista de novos mercados e pela ascensão do consumo pelo mundo.

No caso do cacau, a produção como atividade extrativista ocorre em quase toda a região amazônica, com maior expressão em termos quantitativos e de organização nos estados do Amazonas e do Pará. O trabalho representa, em termos produtivos, cerca de 4,5% da produção nacional. Os preços médios recebidos pelo extrativista, quando analisados anualmente, apresentaram variação positiva de 32% e 24% nos dois estados, respectivamente, resultado dos bons preços praticados no mercado interno.

Da mesma forma, o pinhão que tem maior produção no Sul do país, mostra variação positiva, com um aumento entre 40% e 60% na safra atual do Paraná e Santa Catarina. Isso se deve às condições  climáticas favoráveis no período de desenvolvimento do fruto e à alternância de produção característica da espécie.

Cerca de 26 toneladas de pinhão, no valor total de R$ 147 mil, foram adquiridas nos últimos anos – com exceção de 2009 – pelo Programa de  Aquisição de Alimentos (PAA). O valor médio repassado ao agricultor familiar foi de R$ 5,37/kg do produto oriundo dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Confira aqui a nova edição do Boletim da Sociobiodiversidade.

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