José foi o décimo primeiro filho de Jacó e o preferido do seu pai. Pois era o filho da sua velhice e filho de Raquel a sua esposa amada.

A trajetória de José foi de muitas dificuldades. Foi vendido como escravo por seus irmãos para os ismaelitas. Passou dois anos numa prisão até se tornar o Governador do Egito. Contudo, o Senhor estava com José e tudo o que ele fazia prosperava.

A história de José é contada na Bíblia no livro de Gênesis, do capítulo 37 até o capítulo 50.

Durante a trajetória da vida de José muitas coisas aconteceram, mas vamos nos ater ao período em que foi governador do Egito e extrair 5 princípios financeiros para nossas vidas hoje.

O primeiro princípio nos ensina que as Crises Econômicas são cíclicas.

Você já se perguntou o que leva a economia de um país a entrar em crise? De uma forma simples e didática uma crise acontece quando há uma diminuição da atividade econômica e uma queda na produção de bens e serviços, afetando a oferta de empregos, reduzindo o lucro das empresas e uma queda acentuada no consumo.

No decorrer da história da humanidade as crises econômicas sempre se fizeram presentes.  Desde a antiguidade, como pode ser constatado na época da grande fome que atingiu o Egito e o mundo, passando pela Grande Depressão no ano de 1929, a crise das Pontocom nos anos 2000, a Grande Recessão nos anos 2008/2009, até o presente momento com a pandemia causado pelo novo Coronavírus.

Contudo, em momentos de crise podemos tirar grandes lições e ensinamentos. E se nos prepararmos de forma adequada, podemos aproveitar muitas oportunidades. Como por exemplo a compra de um imóvel que está sendo vendido por um preço bem abaixo do mercado. Já no mundo dos investimentos, se você possui dinheiro guardado, mesmo em tempos de crise pode aproveitar boas oportunidades para investir com preços baixos.  Mas é preciso analisar bem o mercado e escolher aplicações com boa relação de risco x retorno e que ofereçam rentabilidade acima da inflação.

O segundo princípio nos mostra a necessidade de ter uma Estratégia para atravessar períodos difíceis.

Como observamos no primeiro princípio, as crises sempre existiram ao longo da história e continuarão e existir. Sejam crises econômicas, sejam crises pessoais como a perda do emprego, a falência nos negócios. Por isso é muito importante ter uma estratégia bem definida para encarar essas fazes difíceis que todos nós estamos sujeitos a passar.

José decifrou o sonho de Faraó sobre sete anos de fartura e sete anos de fome que iriam atingir a terra do Egito. Porém ele não se ateve apenas a decifrar o sonho, ele montou uma estratégia bem definida que começaria já no período de fartura. Como podemos observar na passagem a seguir:

“Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura,
E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem.
Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome.
E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos.” GN 41:34 -37

Assim deve acontecer em nossas vidas. Ter uma estratégia financeira bem definida e segui-la, principalmente nos momentos de fartura e quando tudo vai bem. Aprender a controlar o orçamento, a poupar, a economizar e a saber investir. Pois quando poupamos somos prósperos.

O terceiro princípio nos mostra a importância da Reserva Estratégica.

No trecho acima vimos a orientação de José sobre reter um quinto da produção de todo o trigo. Ou seja, guardar 20% de toda a colheita e estocar para os anos difíceis e de fome.

Precisamos ter em nossas vidas o hábito de reter, separar, poupar para a reserva estratégica. Mas o que seria essa reserva? Ela vai muito além de ser uma reserva apenas para emergência. Ela tem a finalidade de proteger nossas necessidades básicas e essenciais, mas também blindar os nossos sonhos e a nossa longevidade.

Qualquer um de nós está sujeito a algo que fuja ao nosso controle, o que muda é a maneira como cada um se prepara para lidar com essas mudanças de planos.

O quarto princípio nos releva o poder da Prudência e Responsabilidade.

Não seja uma pessoa acomodada, tenha prudência e responsabilidade. Quando tudo vai bem, muitos esquecem de pensar no dia de manhã. Não poupam, gastam tudo que ganham pois esperam ter um novo salário no próximo mês. Ou tem uma boa comissão a receber e não irá faltar dinheiro.

Infelizmente vimos e ouvimos muitos relatos de pessoas estavam indo de “vento em poupa” nos negócios, ou estavam num bom emprego antes da pandemia da Covid-19 chegar e desestabilizar toda à economia. Por isso, precisamos ser prudentes em todo tempo, independente se a situação está boa ou ruim. Não podemos esquecer de poupar, reduzir gastos e economizar.

Saiba administrar seus recursos, busque por conhecimento em educação financeira. Organize o seu orçamento.

O quinto principio nos ensina a Ajudar aos mais necessitados.

José foi muito prudente na escolha da estratégia a ser seguida para que não houvesse fome na terra do Egito. Pessoas de vários lugares vinham comprar o trigo do Egito pois já não havia mais alimento em suas cidades.

José não permitiu que os egípcios passassem fome, todos podiam comprar o alimento, fosse com dinheiro, com animais, com terras ou com o próprio trabalho.

Como podemos observar na passagem a seguir:

“Eles disseram: “Meu senhor, tu nos salvaste a vida. Visto que nos favoreceste, seremos escravos do faraó”.GN47:25

“A única maneira de sobreviver à prosperidade é vê-la como um presente das mãos de Deus e usá-la generosamente para ajudar outras pessoas”. Randy Alcorn

Ajudar aos mais necessitados é um princípio bíblico. E precisa fazer parte das nossas vidas enquanto cidadãos.

Até Breve!

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