A situação financeira da SouthRock, que solicita recuperação judicial com uma dívida de cerca de R$ 1,8 bilhão, tem gerado preocupação no mercado, especialmente para o fundo imobiliário Riza Akin (RZAK11). De acordo com a análise do BB Investimentos, esses desafios estão gerando pressões sobre a avaliação e as expectativas de performance do fundo.

Dificuldades da SouthRock afetam RZAK11

O RZAK11 possui em sua carteira Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) provenientes da SouthRock, que incluem títulos relacionados às operações da Starbucks. Desde que a SouthRock formalizou seu pedido de recuperação judicial em outubro de 2023, a situação dos CRIs tornou-se instável, e o fundo tem visto suas perspectivas se enfraquecerem. O analista André Oliveira sinaliza que a dependência de tais ativos cria um cenário desafiador, especialmente com a possibilidade de inadimplência no pagamento dos títulos.

Os CRIs da SouthRock, valendo cerca de R$ 50 milhões, têm como colateral cerca de R$ 3 milhões em recebíveis de cartão de crédito. Contudo, isso pode não ser suficiente para cobrir todo o saldo devedor. Essa incerteza, unida ao cenário macroeconômico adverso, deixa a carteira do RZAK11 vulnerável a riscos maiores de inadimplência, conforme alerta o BB-BI.

Perspectivas otimistas em meio à crise

Apesar das dificuldades, o BB Investimentos mantém uma leitura equilibrada sobre o RZAK11. O portfólio do fundo apresenta 42 operações de CRI e 9 FIIs, o que denota uma considerável diversificação. A ausência de cotas subordinadas nos certificados e a mitigação da exposição a setores problemáticos nas bolsas aumentam a resiliência do fundo. O último levantamento apontou um dividend yield mensal de 1,56% e a valorização de aproximadamente 2,79% em 12 meses.

Com um preço sobre o valor patrimonial (P/VP) de 0,89, as cotas do RZAK11 estão negociadas com um desconto de 11%. Isso pode sugerir oportunidades para investidores dispostos a assumir riscos. Oliveira revisou a previsão de distribuição para o primeiro trimestre de 2025, esperando retornos entre R$ 1,10 e R$ 1,30 por cota, destacando um potencial de ganhos adicionais sobre as remunerações previamente acordadas.

Alternativas no portfólio do BB-BI

Além do RZAK11, o BB Investimentos vê valor em outros três fundos imobiliários: VBI Prime Properties (PVBI11), Tellus Properties (TEPP11) e Vinci Shopping Centers (VISC11). O PVBI11, com ativos de alta qualidade e forte demanda, mostra-se competitivo com um desconto significativo em relação ao valor patrimonial.

O TEPP11 se destaca pela gestão ativa, que assegura os lucros não recorrentes necessários para manter a base de rendimentos, enquanto o VISC11 se beneficia de sua carteira diversificada e bem gerida, apresentando ocupação e inadimplência controladas. Essas análises revelam o dinamismo do setor e as oportunidades que persistem mesmo em contextos desafiadores.

Para você, investidor atento às movimentações do mercado de fundos imobiliários, é crucial seguir essas atualizações de perto. Acompanhe a plataforma Clube Acionista para mais insights sobre o mercado de ações, recomendações de especialistas e relatórios detalhados para auxiliar na sua tomada de decisão de investimentos. Nunca é tarde para estar bem informado e otimizar suas estratégias de investimento!