Nabiullina ressaltou que os próximos passos da política monetária dependerão do ritmo de redução das expectativas de inflação no país e da evolução dos gargalos na cadeia produtiva. Segundo ela, a tendência é de que a eventual queda dos juros ocorra de maneira mais lenta do que durante o ciclo de cortes anterior.
A banqueira central acrescentou que, de acordo com as estimativas do BoR, para que a política monetária fique “bem equilibrada”, a média da taxa de juros deve ser entre 9% e 11% este ano, entre 7,5% e 9% no próximo e entre 5% e 6% em 2024.
Em janeiro, a taxa anual de inflação na Rússia acelerou a 8,7%. Na visão de Nabiullina, não é possível garantir o retorno dela à meta de 4% este ano sem provocar uma recessão. “Para isso, precisaríamos de um aumento de choque na taxa básica, o que ameaçaria tanto a sustentabilidade do crescimento econômico quanto, possivelmente, a estabilidade financeira”, explicou.