No Rio Grande do Sul, os produtores seguiram com a colheita e a ensilagem do milho nos dias de tempo seco e de radiação solar predominante. As operações estão se aproximando da conclusão, e a produtividade projetada atualmente é de 35.518 quilos por hectare. Na maior parte do Estado, a qualidade da silagem produzida está adequada em função da continuidade de precipitações ao longo do ciclo.No entanto, em algumas áreas, mesmo com chuvas recorrentes, a qualidade foi comprometida em decorrência da alta pressão de cigarrinha. Apesar das aplicações de inseticidas, não foi possível evitar danos significativos, especialmente em variedades de milho menos tolerantes ao enfezamento. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, os produtores implantaram lavouras em até três épocas diferentes, visando mitigar os riscos climáticos. Contudo, ainda assim, houve quebra significativa. As áreas estabelecidas na primavera foram afetadas pelo excesso de umidade, resultando em problemas de estande e crescimento vegetativo das plantas. As áreas implantadas a partir da segunda quinzena de dezembro sofreram estresse por falta de umidade durante diversas fases do desenvolvimento, incluindo crescimento, pendoamento/floração e enchimento dos grãos. As perdas estimadas alcançam em média 15%, em Hulha Negra, 20%, em Aceguá, e 40% em Candiota, onde a situação de estiagem foi mais grave. Na de Soledade, as lavouras em fase reprodutiva (18% do total) apresentam bom padrão, influenciadas por fatores climáticos favoráveis. Foi observado que, em algumas áreas, plantadas tardiamente, houve acamamento, provocado pelos ventos ocorridos na metade do período.

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