No Rio Grande do Sul, a priorização
da colheita de soja em detrimento à do milho reduziu o ritmo da operação no
cereal, que avançou apenas 1% em relação à semana anterior, atingindo 77% da
área total cultivada no Estado. Estimam-se 812.795 hectares implantados com
milho, e a produtividade atual está em 6.464 quilos por hectare.

Na região administrativa
da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Manoel Viana, o cultivo em safrinha foi
beneficiado pelas excelentes condições de umidade e temperatura, mas as
produtividades dependerão do efetivo controle de cigarrinha e de pulgão,
encontrados desde a emergência das lavouras. Alguns produtores comercializam o
milho colhido na primeira safra a fim de liberar espaço nos silos para a
armazenagem de soja, cujos preços têm apresentado sinais consistentes de
reação. Os produtores que não têm limitação de espaço, pretendem manter o
cereal estocado, pelo máximo de tempo possível, para realizar a venda assim que
se elevarem os preços.

Em São Gabriel, a
colheita atinge 85% da área total plantada, e está praticamente finalizada nas
lavouras comerciais com maior nível de investimento. Restam pequenas lavouras
da agricultura familiar implantadas em época tardia, as quais se encontram em maturação.
As perdas estimadas para a safra atual são de 20%, ocasionadas pelo déficit
hídrico em períodos críticos da fase reprodutiva e pelo excesso de umidade no
início do desenvolvimento das lavouras.

Na de Caxias do Sul,
o rendimento médio obtido é de 7,9 mil quilos por hectare, pouco inferior à
expectativa no início da colheita, em função de doenças em muitas lavouras.
Destaca-se o complexo de enfezamentos, bacteriose e fusariose. A colheita de
milho avança de forma comedida e atinge cerca de 40% da área; 40% está em
maturação; e 20% em enchimento de grãos.

Na de Frederico
Westphalen, as perdas estão estimadas em 25%, e a produtividade média está
avaliada em 6.330 quilos por hectare. A colheita atingiu 96% da área.

Na de Passo Fundo,
a colheita está praticamente finalizada, e apenas 1% da área apresenta milho
maduro, pronto para colher. A produtividade média está em 8,1 mil quilos por
hectare.

Na de Pelotas,
muitas lavouras em fase de enchimento de grãos conseguiram recuperar seu vigor
em razão das chuvas das semanas anteriores, o que é muito positivo por ser uma
fase que demanda disponibilidade de umidade. O cultivo apresenta
desenvolvimento adequado até o momento. Os produtores seguem realizando os
tratos culturais, como controle de pragas e adubações nitrogenada em cobertura.
Sobre as fases de desenvolvimento, 39% estão em enchimento de grãos; 16%, em
florescimento; 18%, em maturação; e 4%, em desenvolvimento vegetativo. Foram
colhidas 23% das áreas.

Na de Santa Maria,
a produtividade para safrinha é de 5.734 quilos por hectare. A colheita
prosseguiu, ultrapassando 60% da área; a produtividade está estimada em 4.752 quilos
por hectare. Sobre essa estimativa, houve perda de produtividade de 17,12% em
função da irregularidade de precipitações, durante o período de desenvolvimento
do milho semeado no cedo.

Na de Santa Rosa,
o cultivo de milho safrinha tem apresentado aspecto satisfatório, apesar do
intenso ataque de cigarrinha em algumas lavouras. Na região das Missões, onde
predomina o cultivo mais precoce, os produtores investem em plantas de
cobertura de solo nas áreas a serem destinadas para a cultura na próxima safra.
São observadas implantações de lavouras de nabo e trigo sarraceno, além de
áreas de canola, que deverão anteceder à implantação das lavouras de milho na
região.

Na
de Soledade, a colheita de lavouras com implantação tardia foi iniciada,
e os patamares produtivos estão dentro do esperado para esta época. As
temperaturas, as precipitações e a luminosidade vêm favorecendo as lavouras
implantadas. Observa-se alta incidência da doença do enfezamento em todas as
fases de desenvolvimento. A colheita atinge 55% das lavouras; em maturação são
10%; e em enchimento de grãos, 30%.

Comercialização
(saca de 60 quilos) – O valor médio, conforme o levantamento semanal de preços
da Emater/RS-Ascar no Estado, teve aumento de 0,58%, quando comparado à semana
anterior, passando de R$ 51,57 para R$ 51,87.

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