A colheita do arroz progrediu de forma gradual no Rio Grande do Sul, atingindo cerca de 50% da área, conforme levantamento da Emater-RS/Ascar. Estão em fase de maturação 43% das lavouras, e 7% em enchimento de grãos. A área cultivada no Estado está estimada em 900.203 hectares, conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). A produtividade está estimada em 8.325 quilos por hectare, segundo a Emater/RS-Ascar.Em algumas localidades no sul do Estado, os rizicultores ainda enfrentam dificuldades em razão das condições ambientais desfavoráveis, incluindo chuvas prolongadas e umidade excessiva. A longa falta de energia elétrica causou transtornos na colheita, na secagem e no beneficiamento de grãos. Além disso, houve perdas significativas em algumas lavouras por acamamento e danos de granizo, segundo informações preliminares do IRGA.Em algumas propriedades, os produtores estão realizando preparativos no solo para o plantio da próxima safra. Os preços têm se mantido estáveis nas últimas semanas, proporcionando retornos satisfatórios para os produtores.Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, 56% das lavouras foram colhidas; 38% estão em fase de maturação; e 6%, em fase de enchimento dos grãos a serem colhidos apenas em maio. Na região da Campanha, em Aceguá, a colheita alcançou 70% da área cultivada. No entanto, as operações foram prejudicadas em função do grande volume de chuvas, acumuladas em três dias consecutivos, e das pancadas de chuva e neblina durante o restante do período, mantendo alta a umidade dos grãos e limitando as horas de colheita efetiva. No município de Bagé, as rajadas de vento, que atingiram velocidades próximas a 90 km/h, ocasionaram problemas isolados de acamamento de plantas em algumas lavouras.Na Fronteira Oeste, a colheita também avançou, porém com algumas restrições em decorrência das condições climáticas desfavoráveis no início do ciclo, que atrasaram o plantio significativamente em comparação às safras anteriores. Em Maçambará, os produtores se beneficiaram do baixo volume de chuvas durante o período, e a colheita alcançou 65% das áreas. Em Rosário do Sul, 62% das lavouras foram colhidas, mas alguns produtores observaram redução de 15% a 20% na produtividade em comparação à safra anterior.Na de Pelotas, as atividades de colheita foram temporariamente suspensas e retomadas após 04/04, em talhões mais propícios à operação. As lavouras encontram-se em estado adequado, predominando a fase de maturação e prontas para colher, que representam 55% da área total; 1% está em fase de enchimento de grãos. Foram colhidas 44% das lavouras. O potencial produtivo se mantém conforme o esperado. Registraram-se danos causados por ventos e granizo em algumas lavouras em Santa Vitória do Palmar.Na de Santa Maria, 54% das áreas foram colhidas, e 35% estão em fase de maturação. A colheita foi temporariamente interrompida devido à ocorrência de chuvas e à alta umidade do ar. Os produtores expressam grande satisfação em relação às lavouras, tanto em termos de produtividade quanto de preço.Na de Soledade, os fatores climáticos continuam a beneficiar as lavouras em todas as suas fases de desenvolvimento. As condições de temperatura e de radiação solar têm se mantido ideais nas últimas semanas, favorecendo o enchimento de grãos e a maturação e contribuindo para a realização de colheitas sob tempo firme. A área colhida representa 30% da cultivada. Em Rio Pardo, muitas lavouras têm produtividades próximas de 10 mil quilos por hectare, e apresentam grãos de excelente qualidade.Pontualmente algumas áreas expressam baixas produtividades, geralmente associadas a questões de manejo tecnológico inadequado. No geral, as expectativas apontam para produtividades superiores às inicialmente projetadas.Comercialização (saca de 50 quilos) – Conforme o levantamento semanal de preços realizados pela Emater/RS-Ascar, no Estado, a saca de arroz apresentou elevação de 0,82%, passando de R$ 98,58 para R$ 99,39.

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte