Os produtores de rúcula e
alface em Alegrete, na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, enfrentam
dificuldades para atender à alta demanda do mercado, pois as sequências de dias
com reduzida luminosidade, ao longo das últimas semanas, estão causando o
estiolamento das plantas. A produção de espinafre está em baixa devido à
nebulosidade constante, além dos danos provocados por lagarta.

As áreas de repolho
encontram-se em desenvolvimento, e algumas em colheita. Porém, a produtividade
está abaixo do normal, e há relatos de ataque significativo de lagarta. Nos
cultivos de cenoura, foram relatadas perdas em razão do excesso de umidade, gerado
pelos 380 mm de chuvas, em março, e pelos mais de 120 mm já registrados na
primeira semana de abril. Os cultivos de tomate também apresentam demanda aquém
do ideal, sendo que as plantas não estão emitindo novas camadas de flores. Há
alta incidência de insetos-praga e doenças fúngicas nessa cultura.

Na de Ijuí, o
clima favorável proporcionou o desenvolvimento adequado das olerícolas,
melhorando o aspecto visual das plantas. Seguem intensos os trabalhos de
preparo das áreas, como semeadura e transplantio das cultivares de estação
fria, para atender à demanda local. Os produtores estão antecipando a colheita
das folhosas, principalmente alface, em função do aumento da demanda e da baixa
produção. Também estão abastecendo o mercado com plantas de menor tamanho, mas
de boa qualidade, o que já impacta em pequena redução de preço. Iniciou-se o
transplantio de mudas de cebola para o autoconsumo das famílias, e há grande
procura de muda.

Na de Pelotas, as
precipitações, de volumes variáveis entre 31/03 e 06/04, não provocaram maiores
interferências na produção de hortaliças. A umidade do solo tem sido suficiente
para o pleno desenvolvimento dessas plantas. A produção local de tomate, pimentão,
batata-doce e abóbora abastece completamente os mercados da região.

Na de Santa Rosa,
é período de transição das cultivares adaptadas ao verão para as de ciclo
invernal, o que diminui a produção e a oferta de olerícolas no mercado local.
Os produtores também retomaram intensamente o cultivo de novas áreas,
aumentando a semeadura e o transplantio, bem como continuam a formação dos
canteiros. Em virtude do clima mais ameno, as hortas em sistemas hidropônicos
têm se desenvolvido bem, conforme relatos.

A dificuldade de
implantação das hortas domésticas, em função das condições climáticas adversas
nos meses anteriores, estimulou a procura por produtos hidropônicos, o que
elevou o preço das folhosas. Segundo relatos dos produtores, tem ocorrido a
implantação de canteiros de alface, rúcula, cenoura e beterraba. Há pouca
oferta de alface, rúcula e repolho; o preço de alface e rúcula varia de R$ 2,50
a R$ 3,00/unid. de tamanho pequeno; repolho em R$ 7,00/kg. Ainda há produção
por pepino em algumas áreas comerciais, sendo vendido o tipo salada a R$
5,00/kg, e conserva a R$ 8,00/kg. Restam algumas áreas de moranga e abóbora em
produção.

Na de Soledade,
seguiu o trabalho de preparo do solo. Ocorreram chuvas leves, que favoreceram
os cultivos a campo sem irrigação, pois reduziram a temperatura e melhoraram o
desenvolvimento das folhosas, proporcionando satisfatórios indicadores de
produção e qualidade. Apesar das precipitações, a radiação solar foi benéfica
aos cultivos de hortaliças. Há dificuldade de encontrar semente de alho, e as
disponíveis apresentam qualidade inferior devido aos problemas fitossanitários,
causados pelas chuvas, durante a formação dos bulbos. Segue o plantio de
folhosas. Mandioca está em colheita. Tomate, pimentão e berinjela cultivados em
estufas apresentam bom desenvolvimento e manejo facilitado. A moranga Cabotiá é
comercializada a R$ 1,50/kg.

Na de Santa Maria, as
olerícolas continuam se desenvolvendo bem. Os produtores realizam o manejo de
pragas e doenças. Estão em colheita mandioca, com boa expectativa de safra, e
batata-doce.

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