📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS
O ritmo negativo dos ativos globais continua e ainda que localmente tenha havido um alívio das pressões durante a sessão; as perspectivas locais não ajudam a reduzir o impacto médio do ciclo mais intenso de realização de lucros.
Com a agenda toda focada no exterior hoje, onde a inflação ao varejo na Europa se manteve na mediana das projeções dos analistas, as atenções se voltam à ata da última reunião do FOMC e a leitura de possíveis novos movimentos da autoridade monetária dos EUA.
Diferente do que tem sido a tendência nos últimos anos, o viés do Fed parece não ter mais força unanime, com uma série de membros votantes e não citando a necessidade dos EUA repensarem a atual política de estímulos e de juros e voltar à normalização em breve.
No entanto, o chairman Powell ainda conta com a maioria, além do voto de Minerva, portanto, as mudanças podem até serem aventadas por outros membros; todavia, existe um compromisso com a atual política, por mais desconfortante que isso possa parecer para a inflação e o futuro dos juros.
Sequer a substituição de Powell no primeiro trimestre do próximo ano deve mudar tal tendência, afinal existe a expectativa de Lael Brainard seja a indicada por Biden para comandar a instituição, o que seria tudo, menos um sinal de ruptura dom a atual política.
A inflação continua a dar sinais de pressão nos EUA e no resto do mundo e enquanto não se resolverem os choques de oferta, problemas climáticos e acima de tudo, o derrame de dinheiro por parte dos bancos centrais na forma de programas de liquidez e de M1/M2 (dinheiro na mão das pessoas), não existe perspectiva de mudança de tal contexto.
Da parte dos BCs, reduzir a recompra de ativos e os estímulos de maneira gradual e compassada seria o ideal; dando margem para algumas correções de rumo, se assim for necessário.
Porém, não parece a premissa indicada pelo debate em torno das atuais políticas no mundo, pois muitos dos que advogam pelo fim do fluxo de liquidez demanda que seja feito o quanto antes, enquanto os defensores simplesmente não querem pensar num prazo para acabar.
No fim, as teorias econômicas continuam a não falhar, perigosamente.
📊 ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa; observando dados de inflação na Europa e no aguardo da ata do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após o Reserve Bank of New Zealand manter as taxas de juros inalteradas, apesar das expectativas de um aumento.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto minério de ferro e cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, apesar dos temores de queda da demanda por conta da variante Delta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,17%.