O nível do Rio Guaíba em Porto Alegre baixou durante a madrugada deste domingo (19/5). Na medição das 7h15min, no Cais Mauá, ele havia recuado para 4,43 metros. O dado representa uma queda de 12 centímetros desde a noite passada. Ao longo do sábado, o nível se manteve estável, variando entre 4,52 metros e 4,55 metros – nível registrado às 21h15m. A partir desse horário, as medições apontam recuo.Mesmo com a redução, o nível segue na cota de inundação, que é de 3 metros. De acordo com o Instituo de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), a previsão indica cheia duradoura, com redução lenta dos níveis. O maior nível do Guaíba já registrado foi 5,35 metros no Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre. O Guaíba deve permanecer acima dos 4 metros nos próximos dias, mantendo-se acima da cota de inundação até o final do mês ou mais, dada a possibilidade de novas chuvas.BalançoA forte chuva que atingiu o Estado afetou 463 dos 497 municípios do Estado e causou 155 mortes, deixou 89 pessoas desaparecidas e outras 806 feridas. São 540.626 desalojados e 76.955 em abrigos ou casa de parentes. O desastre climático afetou 2,3 milhões de gaúcho e atingiu fornecimento de água tratada e de energia elétrica em centenas de milhares de imóveis. Os resgatistas salvaram 82.666 pessoas e 12.215 animais.As chuvas que atingiram o Estado provocam danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Atualmente, são 83 trechos com bloqueios totais e parciais em 49 rodovias, entre estradas, pontes e balsas. Aos poucos, as escolas estaduais vão retomando as atividades. Do total de 2.340 escolas, já retornaram às aulas 1.680 (71,7%) e ainda não retornaram: 660 (28,3%) – 491 delas ainda sem data prevista.
Em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) recolheu 545 toneladas de resíduos diversos, lodo e entulhos de segunda-feira a sexta-feira. Somando-se às 365 toneladas da semana anterior, são 910 toneladas coletadas. No sábado, os garis retiraram outras 90 toneladas de resíduos em limpeza de ruas já secas no bairro Sarandi, um dos mais afetados pelas cheias.