Os custos de produção do trigo e o acesso ao crédito pelos produtores do Rio Grande do Sul são fatores determinantes para dimensionar o tamanho da área de cultivo da cultura na atual safra, como discutido em reunião da câmara setorial do cereal no estado gaúcho. A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que a semeadura do grão apresente crescimento neste ano diante das condições favoráveis para o trigo no mercado nacional e internacional. Atualmente, a Conab prevê uma área semeada do cereal em 1,16 milhão de hectares. A nova estimativa será apresentada no próximo anúncio da Safra de Grãos 2021/22, marcado para esta quinta-feira (12), o que tende a impactar na produção.

Porém, a elevação dos custos de produção pode limitar esse possível crescimento no estado gaúcho. A valorização do dólar, ao mesmo tempo em que incentiva a semeadura, devido aos preços de produto no mercado, tem reflexo negativo nos custos para os agricultores, uma vez que os valores de diversos insumos seguem a cotação da moeda norte-americana, como combustíveis, defensivos agrícolas e fertilizantes. “Vale salientar que por tratar-se de uma cultura de alto risco, principalmente por questões climáticas, o produtor não planta trigo sem seguro”, pondera o superintendente da Companhia no Rio Grande do Sul, Carlos Bestetti.

“Com os custos maiores, a dificuldade de acesso ao crédito de custeio, devido ao passivo deixado pela frustração da safra de soja, o preço dos insumos e a demora na solução da cobertura do seguro agrícola da oleaginosa, formam o conjunto principal de fatores que determinarão o tamanho da lavoura de trigo do estado” ressalta Bestetti.

Segunda safra no estado – Outra questão tratada foi o programa coordenado pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), que incentiva o aumento da área cultivada no inverno, aproveitando melhor o uso do solo com culturas produtoras de grãos. Segundo os dados apurados, enquanto são utilizados mais de 7 milhões de hectares apenas para as culturas de verão, como soja e milho, a soma da área de todos os grãos cultivados na safra de inverno chega a aproximadamente 2 milhões de hectares. “Temos cerca de 5 milhões de hectares de terras que ficam com apenas cultivos destinados à cobertura de solo, enquanto a maior parte dessa extensão pode fazer as duas coisas – produzir grãos e cobertura. Mas, para isso os produtores precisam de uma sinalização que possa auferir renda, que passa inevitavelmente pela liquidez no mercado. Temos culturas que podem satisfazer essas prerrogativas, como: cevada, centeio, triticale, canola e o próprio trigo, além do girassol, cultura intermediária que permite a semeadura da soja na resteva, devido ao seu ciclo reprodutivo relativamente curto”, reforça o superintendente da Conab.

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