Recentemente, o Morgan Stanley levantou preocupações sobre a excessiva concentração e avaliação elevada do S&P 500. O banco sugere que a maioria dos investidores, particularmente nos Estados Unidos, deve reconsiderar suas estratégias de investimento em fundos passivos, especialmente ETFs do S&P 500, dado o contexto atual das ações. Segundo Lisa Shalett, a chief investment officer da divisão de gerenciamento de patrimônio do banco, a situação é alarmante, considerando que o múltiplo de 22,5x sobre os lucros esperados está entre os 5% mais altos registrados nos últimos 35 anos.
Dentre as razões apresentadas para uma diversificação mais intensa, Shalett destaca que a dependência de apenas algumas mega caps, que compõem cerca de 40% da capitalização total do índice, torna a estratégia arriscada. Além disso, as previsões de lucros excessivamente otimistas, que apontam para aumentos de 13% em 2025 e de 15% em 2026, podem não se concretizar, especialmente considerando a desaceleração esperada dos lucros das “7 maganíficas”.
Riscos e oportunidades no S&P 500
O cenário atual sugere que há alternativas em mercados internacionais, onde a Europa e emergentes podem oferecer oportunidades de crescimento mais robustas. O banco afirma que a correlação crescente entre ações e títulos, que tradicionalmente apresentavam movimento inverso, exige que os investidores repensem suas alocações de ativos. A incerteza política relacionada ao governo também é um fator que os investidores ainda não precificaram adequadamente, o que pode afetar estratégias de longo prazo.
Para os investidores brasileiros, essa análise do Morgan Stanley é um alerta sobre a importância de diversificar suas carteiras. Contar com apenas um índice, mesmo que o S&P 500, pode resultar em riscos excessivos no atual ambiente de mercado. A diversificação, incluindo classes de ativos como renda fixa e ações internacionais, pode ser uma maneira eficaz de gerenciar riscos e buscar retornos ajustados.
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